Polícia Federal ouve Valdebran Padilha

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Publicado Sexta, 10 de Novembro de 2006 às 19:25, por: CdB

O ex-dirigente do PT de Cuiabá Valdebran Padilha, responsável pela negociação do dossiê Vedoin, teve de se explicar na Polícia Federal nesta sexta-feira por ter omitido a informação de que tem negócios com a família do empresário Arlindo Dias Barboza, dono da empresa de táxi aéreo MS, contactada para fazer o transporte do dinheiro desde São Paulo. Padilha é sócio do irmão do empresário, Orides Barboza e de duas filhas deste, Ana Laura e Julianna, na empresa de táxi aéreo Airtechs.

A empresa foi constituída este ano com um capital de R$ 10,1 milhões e as sobrinhas de Arlindo constam na ata como sócias, por procuração do pai, Orides. Em depoimento confuso, Padilha negou que conhecesse Arlindo, apesar da relação empresarial com familiares dele e disse que foi a São Paulo "fiscalizar" o fechamento da compra do dossiê.

Ele informou também que contactou a MS táxi aéreo, de Arlindo, conforme consta do rastreamento telefônico feito pela PF, não para trazer o dinheiro do dossiê, mas para transportar um cock pit e um pára-brisas de avião, a pedido de Orides. A história não convenceu ao delegado Diógenes Curado, encarregado do inquérito, que pode indiciar os dois por falso testemunho. Padilha insistiu que não conhece Arlindo, que será ouvido novamente.

Chefe da máfia das sanguessugas, o empresário Luiz Antônio Vedoin, disse no seu depoimento que o dinheiro do seu pagamento viria de São Paulo num vôo fretado, a fim de evitar os riscos do transporte num avião de carreira.

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