Polícia Civil faz simulação de crime que matou João Hélio no RJ

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Publicado Quinta, 15 de Fevereiro de 2007 às 19:06, por: CdB

O bairro de Oswaldo Cruz, Zona Norte do Rio, presenciou na tarde desta quinta-feira a simulação da morte do menino João Hélio Fernandes, de 6 anos pela polícia civil. Há uma semana, ele foi arrastado por assaltantes em fuga no carro da mãe, que não conseguiu tirá-lo do cinto de segurança. Liderados pelo delegado Hércules Nascimento, peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli refizeram o percurso dos criminosos no bairro , utilizando um automóvel Fiat Stilo de cor cinza no lugar do carro roubado, um Corsa.

Durante duas horas, os policiais fizeram nove paradas no percurso de quase sete quilômetros pelo qual o menino foi arrastado, durante dez minutos, até a morte. Nessas paradas, peritos checaram informações dadas por testemunhas. Uma delas é a de que os bandidos chegaram a passar bem próximo a um poste, na Rua Agostinho Barbalho, na tentativa de se livrar do corpo do garoto. Nesse local, os policiais fizeram medições.

A simulação começou pelo ponto onde o carro foi roubado, na esquina das ruas João Vicente e Henrique de Melo. Trezentos metros depois, foi feita a primeira parada, onde um motociclista teria visto o corpo de João Hélio sendo arrastado e decidido segui-lo. A testemunha foi representada por um policial.

Às 18h20, o comboio de policiais chegou ao local onde o carro com o corpo de João Hélio foi abandonado. Peritos posicionaram o automóvel bem próximo à mancha de sangue que ainda é visível no asfalto e onde havia, desde sábado, um vaso de flores depositado por anônimos. Após uma rápida entrevista, o delegado pediu para parar de falar, dizendo-se emocionado. Ele lembrou que nasceu e foi criado numa casa na mesma rua e chegou a chorar.

Segundo Nascimento, o objetivo da simulação é reforçar o depoimento de duas testemunhas-chave para o inquérito, o motociclista e um motorista que teria emparelhado o carro com o dos bandidos, também para alertá-los. Os depoimentos foram essenciais para a identificação do assaltante que dirigia o veículo. O delegado disse ainda que outros dois depoimentos são fundamentais no inquérito, entre eles o da namorada de Dudu. Ele reclamou de pessoas que disseram à imprensa ter visto o crime, mas não se apresentaram como testemunhas.

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