Petrobras cai na folia, de olho nos negócios

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Publicado Segunda, 07 de Fevereiro de 2005 às 11:59, por: CdB

Patrocinar uma escola de samba pode render bem mais para uma empresa do que ver sua imagem irradiada para o mundo inteiro. No caso do carnaval carioca, cada vez mais os camarotes da empresas patrocinadoras se tronaram centros de negócios onde o lucro pode ser o melhor remédio contra a ressaca da Quarta-feira de Cinzas.

Em 2003, a Companhia Vale do Rio Doce fechou um negócio de 200 milhões de dólares com uma empresa chinesa em plena Sapucaí, recebendo assim o fruto do patrocínio da Grande Rio. Este ano, a Petrobras gastou 3,5 milhões de reais com a Mangueira e convidou para seu camarote ministros, banqueiros e outros atores que nos 364 dias restantes do ano negociam de alguma maneira com a empresa.

Entre os convidados, revelou o presidente da companhia após desfilar de petroleiro estilizado, José Eduardo Dutra, estava um dos diretores do banco de fomento japonês JBIC e o secretário de energia da Argentina.

"É bom para a imagem e é bom para gerar negócios," admitiu Dutra, torcendo "por mais financiamentos do JBIC," um habitual parceiro dos projetos da empresa.

Entre os ministros convidados só compareceram Nilmário Miranda, da secretaria especial de Direitos Humanos e Luis Gushikem, secretário de Comunicação do governo . A expectativa é de que na segunda-feira, segundo dia do desfile, compareça o vice-presidente da República, José Alencar.

Sergipano, desfilando pela primeira vez no Sambódromo, Dutra, que teve como parceiro o prefeito do seu Estado, Marcelo Deda, disse que pode repetir a dose no ano que vem, pelo menos no quesito desfile.

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