O governo de São Paulo recebeu a informação de que a perícia técnica realizada pelos institutos de Criminalística (IC) e de Pesquisas Tecnológicas (IPT) na futura estação Pinheiros do Metrô, para apurar as causas do desabamento do último dia 12, deverá atrasar a obra de três a seis meses. Com isso, o cronograma estabelecido entre o governo do Estado e a Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), que prevê a conclusão da primeira etapa da Linha 4 (Amarela) em dezembro de 2008, poderá não ser cumprido.
Caso o prazo não seja obedecido, está previsto o pagamento de multa de R$ 5,3 milhões por mês pelo governo de São Paulo. O prazo de carência é de três meses, a contar de dezembro do próximo ano. A não-abertura da estação Pinheiros no tempo previsto também causará queda no valor da receita a ser repassada pelo governo estadual à CCR - a estação, segundo previsões, deverá receber 704 mil passageiros por dia.
Independentemente da perícia, o canteiro de obras da futura estação Pinheiros está interditado desde a terça passada, por determinação da Delegacia Regional do Trabalho (DRT), até que o consórcio Via Amarela, responsável pelas obras da Linha Amarela, comprove que há segurança para os operários trabalharem no local.
A CCR, que irá assumir a operação da Linha Amarela, afirmou em nota que no momento não irá se pronunciar sobre o assunto. Já a assessoria de imprensa do Metrô informou que o local do desabamento já estava interditado para que fossem feitos trabalhos de estabilização do terreno. Concluída essa fase, serão retomadas as escavações do túnel e a construção da estação, com acompanhamento do IC e IPT. Não há prazo para conclusão do laudo.