A ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, disse nesta segunda-feira que o maior problema para as mulheres no Mercosul ainda é a pouca participação no mercado de trabalho dos países que compõem o bloco. Nilcéa Freire fez a afirmação ao participar da cerimônia de abertura do encontro Mulheres Republicanas no Brasil e no Mercosul, no Museu da República, no bairro do Catete, na zona sul do Rio.
Ela afirmou que o cenário melhorou nos últimos anos, mas destacou que o problema da inserção da mulher no mercado ainda é grave.
- O problema de base é a necessidade de ampliação da autonomia econômica das mulheres -, disse ela.
A ministra reconheceu que já houve um avanço na diminuição da diferença salarial entre homens e mulheres. Para ela, "quanto mais autonomia econômica, quanto mais as mulheres estiverem inseridas de maneira cidadã no mercado de trabalho, mais elas conseguirão ser sujeito de sua própria história, romper com o ciclo da violência e combater a discriminação e o preconceito".
O encontro, que vai durar quatro dias, é uma iniciativa da Secretaria de Políticas para as Mulheres, vinculada à Presidência da República. Um dos temas em destaque é a luta para que a recente Lei 11.340 (Lei Maria da Penha) seja cumprida. A lei cria mecanismos para prevenir, punir e acabar com a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Nesta quarta-feira, deverão participar das discussões as ministras de Políticas para as Mulheres dos países do Mercosul e representantes de organismos governamentais de políticas para as mulheres das cinco regiões brasileiras e do Conselho Nacional de Direitos da Mulher. Também para amanhã está prevista uma palestra sobre a situação da mulher no mundo.
Também vão ser discutidas políticas de emprego para as mulheres no Mercosul e a criação de registros públicos sobre violência contra as mulheres nos países deste bloco econômico.
Rio de Janeiro, Sexta, 19 de Abril de 2024
Participação feminina no mercado de trabalho do Mercosul ainda é pequena
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Publicado Terça, 07 de Novembro de 2006 às 19:21, por: CdB
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