Cerca de 20 legisladores norte-americanos chegaram nesta sexta-feira ao centro de detenção na base naval dos EUA em Guantánamo, Cuba, a fim de verificarem de perto se os combatentes capturados na guerra afegã estão dando informações valiosas para a guerra contra o terrorismo. "Viemos principalmente para averiguar se estamos cumprindo nossa missão militar, a de obter as informações de que precisamos para ajudar-nos a continuar a luta contra o terrorismo", disse o senador democrata Bill Nelson. Nelson disse que verificaria as condições de detenção dos prisioneiros, embora outros membros da delegação tenham destacado que o motivo da visita não é o tratamento dispensado aos prisioneiros nem o clamor internacional provocado pelo assunto. "Isto não tem nada a ver com o tratamento dos prisioneiros. Não me interessa", disse na quinta-feira o presidente da Comissão de Inteligência da Câmara de Representantes, o republicano Porter Gross. Ao chegar a Guantánamo, Gross se negou a fazer novas declarações. O republicano Jeff Sessions disse estar preocupado com os perigos enfrentados pelos militares. "Sabemos que os militares estão muito tensos aqui. Creio ser importante assegurar-nos de que eles têm o que necessitam", disse Sessions. Enquanto isso, aliados de Washington - como Grã-Bretanha, Alemanha e Malásia, vêm protestando contra a possibilidade de que os 158 combatentes talebans e da Al-Qaeda provenientes de 10 países sejam julgados por tribunais militares secretos com poder para aplicarem a pena de morte. O presidente George W. Bush rejeitou as críticas, dizendo que os detidos estão recebendo um tratamento humanitário.
Rio de Janeiro, Quinta, 28 de Março de 2024
Parlamentares dos EUA visitam detenção em Guantánamo
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Publicado Sexta, 25 de Janeiro de 2002 às 17:14, por: CdB
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