Para Rodrigo Pessoa, Pan não é evento apenas do Rio

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Publicado Segunda, 05 de Março de 2007 às 20:49, por: CdB

O Pan é uma oportunidade de impulsionar o esporte do país e deve reunir os melhores atletas. Está sendo tratado por muitos, porém, como um evento local, só do Rio de Janeiro.

É o que afirma Rodrigo Pessoa, que desistiu de saltar no evento em que usaria pela primeira vez seu cavalo principal em uma competição no Brasil.
Para o campeão olímpico em Atenas-2004, o país deveria receber seletivas para apenas uma ou duas vagas na seleção. As demais sairiam da Europa - três postos estão em jogo.

O ginete, porém, não declarou se irá rever a decisão de deixar a equipe do Pan caso sua sugestão seja acatada.

- Pelo fato de o Pan ser no Rio, todos o estão tratando como se fosse um evento local. Não é. O Pan será muito exigente, e as equipes de EUA, Canadá e México vão com sua força máxima - declarou o cavaleiro.

A mudança dos locais das seletivas desencadeou a celeuma entre Pessoa e a Confederação Brasileira de Hipismo. Sob o argumento de impulsionar o esporte no país, a entidade desistiu de realizar todos os classificatórios na Europa.

Rodrigo Pessoa e Bernardo Alves já têm vagas asseguradas por estarem entre os 20 melhores do ranking mundial. Ambos vivem e competem no exterior. E também reclamam do preconceito contra atletas que, como eles, deixaram o país.

- O que impulsiona o hipismo são os resultados em Mundiais, Olimpíadas e um ouro no Pan, isso sim. Se olharmos friamente, sem essa divisão absurda de 'europeus' e brasileiros, veremos que, para vencer torneios importantes em nível internacional, precisamos de cinco conjuntos fortes - disse Pessoa.

Segundo o campeão olímpico, é esse o número de atletas competitivos que atualmente saltam e mantém suas montarias no continente europeu.

- Não temos culpa de o Brasil ser um país em desenvolvimento e os investimentos em infra-estrutura, cavalos, premiação serem muito maiores na Europa. Lá temos os mais importantes eventos e conjuntos do mundo - afirmou o ginete.

- Por isso, eu e outros brasileiros, que temos como objetivo figurar entre os melhores, somos obrigados a viver na Europa. Se agora, pelo fato de o Pan ser no Brasil, os dirigentes acham que é preciso incentivar o hipismo local, que usem a minha vaga - completou.

Além disso, afirmou Pessoa, existe preocupação com as condições das pistas escolhidas para o processo de seleção.

- A pista de areia da Sociedade Hípica Paulista está em obras e o piso do complexo em Deodoro, não foi mexido ainda - afirmou ele.

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