Papa é o favorito das apostas para o Nobel

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Publicado Quinta, 09 de Outubro de 2003 às 08:51, por: CdB

O papa João Paulo II é o favorito para ganhar o Prêmio Nobel da Paz, a ser anunciado nesta sexta-feira, e está à frente do ex-presidente tcheco Vaclav Havel. Isso, ao menos, segundo o bookmaker que se diz o primeiro a aceitar apostas a respeito da premiação.

O vencedor das 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,32 milhão) oferecidas com o Nobel será anunciado em Oslo e sairá de uma lista de 165 candidatos. "Percebemos muito interesse no Papa", afirmou Gerard Daffy, no Centrebet, uma empresa de apostas da Austrália. "Estamos oferecendo 200 por 1 para quem apostar em George W. Bush (presidente dos EUA) ou Tony Blair (primeiro-ministro da Grã-Bretanha), mas ninguém quis arriscar."

O Centrebet pagava pelas apostas no Papa, na quinta-feira, 5 por 2. A cada dólar apostado recebe-se US$ 1,40 dólar no caso de vitória. Havel, que ajudou a derrubar a cortina de ferro com sua "Revolução de Veludo", vinha em segundo lugar, pagando 7 por 1. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparecia em terceiro ao lado de Bono, vocalista da banda de rock U2, os dois pagando 10 por 1.

Geir Lundestad, chefe do Instituto Nobel Norueguês, afirmou ser a primeira vez que vê um bookmaker anunciar publicamente apostas em relação ao prêmio. Lundestad deu risada quando questionado sobre em quem estava colocando seu dinheiro. O líder católico, que completa 25 anos de papado neste mês, foi elogiado neste ano por pregar a reconciliação e por repetir que a guerra dos EUA no Iraque não era uma cruzada dos cristãos contra os muçulmanos.

Alguns analistas acham, no entanto, o pontífice uma figura controvertida demais na liberal Noruega e vêem em Havel uma aposta mais segura. O dirigente da Igreja Católica é frequentemente criticado por se opor ao uso de camisinha. Irwin Abrams, um norte-americano especializado no Nobel, considera Havel um dos favoritos. Segundo Abrams, Lula, por exemplo, está há muito pouco tempo no poder para dar provas da seriedade de suas promessas.

O ex-presidente Jimmy Carter, dos EUA, ganhou o prêmio no ano passado.

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