Pagão, gênio da 9, criador da tabelinha com Pelé

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Publicado Quarta, 27 de Junho de 2012 às 11:41, por: CdB

 

Seleção Brasileira formada para enfrentar Portugal. Pagão é último da fila - Foto: CBF

Pagão, citado por José Maria Marin quando da visita do presidente da CBF ao Jabaquara, o clube que o revelou, foi um gênio da camisa 9 do futebol brasileiro. Craque que fazia muitos gols com o mesmo talento com que criava as jogadas e servia na medida os companheiros para marcar, Pagão fez história no Santos nos anos finais de 1950.

Paulo César Araújo, o Pagão, é considerado por muitos o criador da tabelinha com Pelé, lance que o seu sucessor Coutinho eternizou no ataque santista. O mesmo Coutinho que não se cansava de dizer que Pagão foi um dos maiores atacantes que viu jogar.

Pela Seleção Brasileira, foram apenas duas partidas. Pelo Santos, onde brilhou de 1956 a 1963, foram 2 jogos e 159 gols. Ele merece ter entrado em campo muitas vezes mais com a camisa amarela e mesmo ter feito parte do time campeão do mundo em 1958. A violência dos zagueiros adversários e uma sina em se contundir o impediram.

Mas não importa. Quem o viu jogar, nunca se esquece, como aconteceu em uma tarde memomável de 6 de março de 1956, naquele que é considerado um dos maiores jogos entre clubes acontecidos no Pacaembu.

O Santos de Pelé e Pagão derrotou o Palmeiras pelo incrível placar de 7 a 6, com alternância de viradas, até os dois gols finais marcados para o Santos por Pepe, o último nos descontos.

Um dos que viu o craque em ação foi Chico Buarque. Fã para sempre, imortalizou o camisa 9 em letra da música "Futebol". Nela, Chico escalava o ataque ideal, todo com gênios da bola: Garrincha, Didi, Pagão, Pelé e Canhoteiro.

Um ataque dos sonhos, que nunca entrou em campo, mas que os brasileiros apaixonados pelo futebol gostariam de ter escalado.

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