Organizações realizam Jornada Nacional de Protesto e Luta contra políticas de Felipe Calderón

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Publicado Quinta, 01 de Setembro de 2011 às 12:15, por: CdB

Insatisfeitos com as políticas promovidas pelo presidente mexicano Felipe Calderón, estudantes, professores, trabalhadores do campo e da cidade, desempregados e vítimas de violência realizam, nesta quinta-feira (1°), uma Jornada Nacional de Protesto e Luta. As ações acontecem nesta tarde na Cidade do México e nas principais localidades do país.

No Distrito Federal, a atividade está programada para iniciar na Câmara dos Deputados, onde os manifestantes realizarão a leitura do posicionamento político do Movimento pela Soberania Alimentar e Energética, pelos Direitos dos Trabalhadores e pelas Liberdades Democráticas - coalizão de organizações que promovem a mobilização.

A ideia é que, após o ato na Câmara, os participantes da ação marchem rumo ao Zócalo (Centro) da Cidade do México, local em que realizarão, ainda na noite de hoje, uma atividade de apoio ao Sindicato Mexicano de Eletricistas (SME). Mobilizações semelhantes acontecerão simultaneamente em outras cidades.

Dentre as demandas, os manifestantes pedem o fim da repressão e das ofensivas contra organizações sociais e sindicatos, como SME e Sindicato Mineiro, e a promoção de políticas mais eficazes contra a pobreza que, de acordo com convocatória para a mobilização, já atinge 57 milhões de pessoas no país.

A guerra contra o crime organizado empreendida pelo governo de Calderón também é alvo de críticas e rechaços. Segundo as organizações sociais, cerca de 40 mil pessoas já foram executadas no México desde 2006, ano em que o Governo declarou guerra contra o narcotráfico.

Os manifestantes ainda aproveitam a ocasião para reclamar das medidas de combate à crise financeira que afetam os trabalhadores e as trabalhadoras do país e para demandar a aprovação de um orçamento voltado para questões sociais. Da mesma forma, alertam para a intenção do Governo de aprovar a Lei de Segurança Nacional, a Contrarreforma Laboral e a iniciativa de preferência e direito de veto presidencial ao orçamento aprovado pelo Congresso, normas que afetam os direitos individuais e coletivos dos cidadãos mexicanos.

"Advertimos que o projeto de Lei de Segurança Nacional que se tenta aprovar na Câmara dos Deputados inclui normas que permitirão ao Executivo estabelecer - de fato – um estado de exceção ao contar com amplas faculdades para decretar a suspensão do Estado de Direito em algumas regiões do país ou para proceder contra os movimentos sociais, considerando-os ameaças à segurança interna”, destaca o manifesto do Movimento pela Soberania Alimentar e Energética, pelos Direitos dos Trabalhadores e pelas Liberdades Democráticas.

Em relação à contrarreforma laboral, o documento da coalizão revela que a medida interfere na liberdade e na democracia sindical e cria dificuldades para a formação de novos sindicatos e a realização de greves. Além disso, aponta que a contrarreforma propicia a criação de empregos mal remunerados e instáveis.

Já sobre a preferência e o direito ao veto presidencial do orçamento, aprovado pela Câmara de Senadores, o Movimento explica que a iniciativa "completaria o círculo perverso ao fortalecer o poder do Executivo à custa do Poder Legislativo, cuja agenda seria determinada por aquele e cuja margem de manobra para introduzir mudanças aos projetos governamentais se veria severamente reduzida”.

O Manifesto pode ser lido em: http://portal.strm.net/documentos/Manifiesto_1sep2011.pdf

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