
Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira, os operários que trabalham na reforma do Maracanã resolveram continuar a greve, até segunda-feira, quando será realizada uma audiência sobre a a questão no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). O consórcio Maracanã Rio 2014, responsável pela execução do projeto, solicitou a audiência de conciliação.
A greve foi iniciada na madrugada desta quinta-feira. Os trabalhadores do turno da manhã aderiram à paralização, que reinvindica extensão do plano de saúde para os familiares, presença de um médico no canteiro de obras durante a noite, aumento do valor da cesta básica e melhoria da qualidade da alimentação.
Segundo o presidente do sindicato da classe, Nelson Costa, os trabalhadores não receberam o valor do tíquete-alimentação, acordado com o consórcio que administra a obra, firmado há 11 dias.
Os responsáveis pela reforma pedem o fim da paralização para poderem realizar novas negociações. Na próxima semana haverá uma reunião de conciliação na Justiça do Trabalho.
De acordo com Sergio Luis Silva da Fonseca, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (Sitraicp), as empreiteiras não procuraram o movimento para negociar.
“Na primeira paralisação nós negociamos, mas a empresa não cumpriu o combinado. Estamos abertos a sentar e conversar, mas a empresa preferiu apelar covardemente para a Justiça”.
Segundo Fonseca, os trabalhadores reivindicam a troca da cantina responsável pela alimentação no canteiro de obras, acusada de servir comida estragada aos trabalhadores, ampliação do plano de saúde para os dependentes e vale-refeição.
Em nota oficial, o consórcio afirmou que está respeitando os termos negociados durante a última paralisação, no dia 21 de agosto.