Operação descobre quadrilha que vendia passaportes falsos a mineiros

A Operação Planador, desenvolvida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, desbaratou uma quadrilha que vendia passaportes falsos de cariocas para mineiros, fabricados na sede da Polícia Federal, no centro do Rio de Janeiro. Gravações feitas com autorização da Justiça indicam que o grupo é formado por falsários e policiais federais.

De acordo com o programa "Fantástico", cerca de 300 passaportes falsos foram produzidos dentro da polícia. Cada documento era vendido por US$ 1 mil a US$ 5 mil.

Dezenove funcionários, incluindo agentes, já foram indiciados e presos. Um advogado da quadrilha marca encontro com agentes da PF no aeroporto. A quadrilha garantia até o embarque do comprador.

Os passaportes falsos eram vendidos a mineiros porque a embaixada dos Estados Unidos dificulta a concessão de vistos a nascidos em Minas Gerais.

O esquema foi descoberto quando a quadrilha ofereceu passaportes falsos a russos, que fizeram a denunciaram o esquema. A denúncia envolve ainda tráfico de crianças e de mulheres. No ano passado, um libanês suspeito de terrorismo foi preso com passaporte brasileiro falso produzido pela quadrilha.