Novo ministério vai facilitar andamento do PAC, diz empresário

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Publicado Sexta, 23 de Fevereiro de 2007 às 08:51, por: CdB

Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), PauloSafady Simão afirmou, nessa quinta-feira, que a indefinição sobre as mudanças na equipe de governo no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afasta os investimentos privados em obras previstas no Programa de Aceleraçãodo Crescimento (PAC). Anunciado há um mês, o PAC prevê investimentos de R$503,9 bilhões em infra-estrutura até 2010.

- O presidente ainda não formou sua equipe. Isso na minha visão atrapalha muito o andamento do PAC porque, no momento em que você não tem ministros garantidos ou confirmados, há uma expectativa muito grande e, claro, ninguém está se empenhando como devia na questão do PAC - disse ele.

De acordo com Simão, só a iniciativa privada deve investir cerca de R$ 200 bilhões no programa. Segundo ele, a "demora" na composição da equipe ministerial também pode resultar em atrasos nos investimentos privados e acabar comprometendo as metas do PAC.

- Enquanto o ambiente de negócio não estiver 100%favorável, vai ser muito difícil que esses recursos venham na velocidadenecessária - disse.

O presidente da Cbic, entidade que reúne a 66 sindicatos e associações patronais do setor da construção, também manifestou preocupação com a demora na tramitação das medidas do PAC no Congresso Nacional. O programa envolve quatro projetos de lei, uma mensagem do Executivo e oito medidas provisórias. Nesta quinta-feira, presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), anunciou o nome dos relatores das propostas, que receberam centenas de emendas. Para Simão,a matéria precisa ser discutida profundamente.

- É importante que essas emendas comecem imediatamente a ser analisadas parao processo andar com mais agilidade e a gente ter o PAC começando a funcionar -afirmou.

Ele destacou que o setor da construção "continua animado" com o programa, sobretudo com os investimentos previstos para as áreas de habitação e saneamento.

- Esse é um processo que alavanca o desenvolvimento. Claro que não é tudo, entendemos que esse é um plano de obrasmuito bem organizado, muito criteriosos, que poderá ter início enquanto ogoverno trata das questões mais profundas, das reformas estruturantes, dasquestões que realmente vão pavimentar o caminho de um crescimento maissustentável - concluiu Simão.

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