Novo ataque de Israel em Gaza mata cinco palestinos

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Publicado Quinta, 12 de Junho de 2003 às 07:55, por: CdB

Pelo menos cinco palestinos morreram nesta quinta-feira à tarde, em novo ataque de helicópteros israelenses à Faixa de Gaza. Testemunhas disseram que entre os mortos estava Yasser Taha, um líder do grupo fundamentalista Hamas procurado por Israel há algum tempo. Sua mulher e filha também teriam sido mortas no bombardeio. O novo ataque aconteceu depois de o Exército israelense ter recebido ordens para "eliminar" o Hamas, usando todos os meios disponíveis. Ao mesmo tempo, o grupo fundamentalista palestino Hamas havia ameaçado cometer novos atentados em Israel, um dia depois do atentado em Jerusalém, em que um extremista suicida explodiu um ônibus, provocando a morte de 16 pessoas. Ameaça A ordem do governo afirma que todos os membros do Hamas, "do mais baixo escalão ao xeque Ahmed Yassin (líder espiritual)", são "alvos legítimos". Depois do atentado de quarta-feira, helicópteros israelenses bombardearam carros de líderes do Hamas na Faixa de Gaza, provocando a morte de nove pessoas. O recrudescimento do conflito ocorre num momento em que o otimismo voltava à região após uma cúpula de paz na Jordânia, na semana passada, que reuniu os premiês israelense, Ariel Sharon, palestino, Mahmoud Abbas, e o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Na terça-feira, após um ataque de três grupos palestinos contra soldados israelense, helicópteros do Exército israelense dispararam mísseis contra o carro em que viajava Abdel-Aziz Al-Rantissi, principal líder político do Hamas na Faixa de Gaza. Vingança Rantissi ficou ferido e, ainda do hospital, prometeu vingança - o que ocorreu no dia seguinte com a explosão de um ônibus, em Jerusalém Ocidental. Vários líderes ocidentais condenaram os ataques do Hamas e as retaliações israelenses e convocaram os governos de Israel e da Autoridade Palestina a dar sequência aos compromissos assumidos no plano de paz conhecido como "Rota para a paz" para o Oriente Médio. Bush condenou o Hamas pelo atentado em Jerusalém e pediu que sejam cortados os canais de financiamento a organizações terroristas. Reunidos em Paris, o presidente francês, Jacques Chirac, e o premiê britânico, Tony Blair, também criticaram a volta da violência e defenderam um retorno ao processo de paz.

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