No Grito dos Excluídos, protestos contra corrupção, Belo Monte e obras da Copa

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Publicado Quarta, 07 de Setembro de 2011 às 03:12, por: CdB
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O 17º Grito dos Excluídos mobilizou manifestantes em todo o país por justiça social e garantia de direitos. Com o lema Pela Vida Grita a Terra. Por direitos, todos Nós, os protestos tiveram como alvo os escândalos de corrupção, os mega projetos na Amazônia, as mudanças no Código Florestal e até as obras para a Copa do Mundo de 2014. – Dependendo da região e da cidade, os movimentos focam em algum direito ligado àquela realidade. Sempre em defesa do direito de participar, de ajudar a decidir, e questionando o modelo de desenvolvimento que gera exclusão – explicou Rosilene Wanseto, da coordenação nacional do Grito dos Excluídos. Em Brasília, os manifestantes contra a Corrupção, movimento apartidário convocado pelas redes sociais na internet para protestar contra os episódios de desvio de dinheiro público nos ministérios dos Transportes, Turismo e Agricultura, além da absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), flagrada recebendo dinheiro do esquema de corrupção do governo do Distrito Federal, conhecido como mensalão do DEM. Nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo, os manifestantes irão questionar remoções e despejos feitos para dar lugar às obras de estádios e mobilidade urbana para o Mundial de 2014. Também estão na pauta das manifestações populares o uso de agrotóxicos, a criminalização e a violência contra a juventude, a tentativa de flexibilização do Código Florestal no Congresso, a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e a reforma política. Em João Pessoa, o Grito dos excluídos levou às ruas mais de 2 mil pessoas, que se mobilizaram desde a tarde passada. Este ano movimentos sociais do campo e da cidade, pastorais sociais e diversas organizações populares saíram às ruas e a concentração ocorreu no Parque Solon de Lucena (lagoa), nas proximidades do no Cassino da Lagoa. O manifesto do Grito está dividido em seis temas específicos que foram discutidos e elaborados pelos movimentos sociais organizadores do ato. São eles: Meio Ambiente, Trabalho, Políticas Públicas, Combate a criminalização da Juventude e dos Movimentos Sociais, Direitos das Mulheres e do Movimento LGBT, e o eixo Memória Mística e Utopia. O Grito do Excluídos surgiu em 1995, ligado à Campanha da Fraternidade daquele ano. Criado pelo Setor Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a mobilização ganhou adesão de outras entidades e movimentos sociais aos longo dos anos.
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