Nesta quinta tem audiência pública da Operação Urbana Linha Verde

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Publicado Quarta, 29 de Fevereiro de 2012 às 07:42, por: CdB

A Prefeitura de Curitiba fará nesta quinta-feira (1º) audiência pública sobre o estudo relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA) referente à Operação Urbana Consorciada Linha Verde. A audiência, coordenada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente em conjunto com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), terá início às 19 horas, no Jockey Clube do Paraná, no Tarumã.

A audiência pública atende às exigências legais de preservação ambiental e acontece após uma série apresentações da Operação Urbana Consorciada Linha Verde feitas pela Prefeitura a lideranças e associados de entidades de classe, entre elas o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-PR); o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR); o Sindicato da Habitação e condomínios do Paraná (Secovi-PR), o Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea) e o Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado do Paraná (SindArq-PR).

A Operação Urbana prevê intervenções no eixo da Linha Verde, desde o Contorno Sul até o Atuba, que irão mudar o perfil urbano da região. A área envolve 22 bairros ao longo da Linha Verde: Atuba, Tingui , Bairro Alto, Bacacheri, Jardim Social, Tarumã, Capão da Imbuia, Cristo Rei, Jardim Botânico, Cajuru, Jardim das Américas, Prado Velho, Guabirotuba, Parolin, Hauer, Fanny, Novo Mundo, Xaxim, Capão Raso, Pinheirinho, Tatuquara e CIC.

Os investimentos serão feitos pela Prefeitura com recursos provenientes do lançamento da venda de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) lançados nas na Bolsa de Valores.

Em dezembro passado, o prefeito Luciano Ducci lançou a Operação Urbana Consorciada Linha Verde e, no mês de janeiro, assinou com o Banco do Brasil o contrato para a coordenação financeira da operação.

O banco será o responsável pela emissão dos Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção) que serão levados a leilão público na Bolsa de Valores. A previsão é lançar o primeiro lote de títulos no primeiro semestre deste ano e a expectativa é de captar entre R$ 1,2 bilhão a R$ 1,5 bilhão.

Debates - No ano passado foram realizadas várias apresentações sobre a Operação Consorciada Linha Verde. Lideranças da construção civil como o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon), do Sindicato da Habitação e condomínios do Paraná (Secovi-PR), do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea), do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado do Paraná (SindArq-PR) e da Associação Comercial do Paraná (ACP) conheceram detalhes do projeto que vai impulsionar o novo eixo de desenvolvimento da cidade.

Foram feitas também apresentações sobre a Operação Consorciada na Câmara de Vereadores pela secretária municipal do Urbanismo, Suely Hass, pelo presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Cléver de Almeida, e pelo administrador da Regional Matriz, Luiz Hayakawa.

Potencial - Os títulos que serão lançados terão potencial de 4,47 milhões de metros quadrados de área adicional de construção numa região que envolve 22 bairros em que moram 82 mil pessoas.

Os recursos ficarão em conta específica do Banco do Brasil, a aplicação será fiscalizada pela Caixa Econômica Federal e a emissão dos títulos monitorada pela Comissão de Valores Mobiliários. Todo dinheiro o deverá obrigatoriamente ser investido na área delimitada pela lei, sem que o recurso passe pelo caixa do município.

“É uma forma de promover a requalificação urbana e ambiental de toda a região da Linha Verde. Os benefícios de uma grande estrutura viária, de serviços, desenvolvimento, lazer e qualidade de vida viram títulos que podem ser adquiridos por quem vive em Curitiba e por aqueles querem investir no potencial da capital do Paraná”, afirmou o prefeito Luciano Ducci.

Projetos - O Ippuc já está desenvolvendo os projetos de intervenção e entre eles, se destacam as trincheiras verdes, áreas de lazer e convivência, reurbanização de vias transversais, implantação de novas vias e trechos de ciclovia, pavimentação, drenagem, sinalização viária, iluminação pública, paisagismo, arborização e construção de calçadas.

A primeira etapa dos estudos avalia a localização das novas transposições. As nove novas trincheiras verdes ficarão perto dos terminais de transporte e dos polos comerciais, o que garante mobilidade segura, maior fluidez do tráfego e rapidez da rede de transporte coletivo, sem a necessidade de semáforos. Os polos serão circundados por atividades mistas desde residências, comércios e serviços ao longo da Linha Verde.

Cada trincheira verde terá 250 metros de comprimento e não servirão apenas de ligações para veículos. Trata-se de um conceito inédito que agrega passagens segregadas para pedestres e ciclistas, além de polos ambientais com equipamentos de lazer e convivência, no modelo parecido com o Jardim Ambiental, no Alto da XV.

As travessias verdes se somarão as atuais transposições da Linha Verde e serão construídas na CIC/Sul, entre o terminal do Pinheirinho e a estação São Pedro; entre as estações São Pedro e Xaxim, entre as estações Xaxim e a Santa Bernadete e entre as estações Santa Bernadete e Fanny. Ao norte, as novas travessias estarão entre a estação Jardim Botânico e a futura estação Tarumã, entre a futura estação Vila Olímpica e a Fagundes Varela, na futura estação Solar e na rótula do Atuba.
 

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