Nasa escolhe novo chefe para programa de ônibus espaciais

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Publicado Sexta, 09 de Maio de 2003 às 13:17, por: CdB

Em um dos momentos mais complicados da história da conquista do espaço pelos Estados Unidos, a Nasa nomeou nesta sexta-feira William Parsons para comandar o programa de ônibus espaciais do país. Parsons, que atualmente dirige um centro espacial no Mississipi, disse que sente "muita trepidação" na sua nova tarefa. Toda a frota de ônibus está desativada até a conclusão do inquérito a respeito da explosão do Columbia, ocorrida em 1º de fevereiro. - Provavelmente não é o momento mais fácil para assumir o programa dos ônibus espaciais, mas estou ansioso pelo desafio -, disse Parsons a jornalistas na sede da Nasa. Ele vai substituir Don Rittermore, que renunciou em 23 de abril, mas aceitou ficar no cargo durante a transição para seu sucessor. Ele contestou as opiniões de alguns parlamentares que pedem a suspensão dos vôos tripulados em ônibus espaciais e a operação da Estação Espacial Internacional por robôs até uma nova geração de naves ser desenvolvida. "Cheguei neste cargo pensando o que faremos para voar de novo. Acho perturbador que haja pensamentos como esses, mas precisamos trabalhar apesar disso. Acho que podemos voar nos ônibus de forma segura - disse Parsons. Engenheiro aeroespacial e reservista dos marines, Parsons, 46, começou administrando o fluxo de cargas no Cabo Canaveral, e, em 1990, tornou-se assistente da direção do Centro Espacial Kennedy, em Houston, onde, em 1996, assumiu a função de gerente do departamento de integração de equipamentos. A pressão pela retomada dos vôos espaciais tripulados tem sido intensa desde que o Columbia se desintegrou sobre o Texas, quando voltava à atmosfera após 16 dias em órbita. Todos os sete astronautas a bordo morreram. A comissão de inquérito que investiga o caso já ofereceu recomendações preliminares, mas o diretor da Nasa, Sena O'Keefe, admitiu que a causa exata do acidente pode nunca vir a ser descoberta. A teoria predominante é que um pedaço de espuma do revestimento do tanque de combustível tenha se soltado na decolagem, danificando a asa esquerda. Isso permitiu a entrada de calor na nave, o que acabou provocando sua destruição. Como o cronograma prevê a volta dos vôos tripulados até setembro, os técnicos estão fazendo reparos nos ônibus antes mesmo que a investigação esteja concluída. Há cerca de um mês, eles começaram a mexer na parte do isolamento.

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