Mulheres têm mais emprego

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Publicado Quinta, 16 de Outubro de 2003 às 09:57, por: CdB

 As mulheres estão em alta no mercado de trabalho. Embora ainda ganhem bem menos do que os homens, as meninas vem tendo mais oportunidade de emprego. É o que mostra a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2002, divulgada nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho. A taxa de crescimento do emprego formal feminino foi de 4,98% no ano passado, enquanto a expansão do número de trabalhadores masculino atingiu 4,02%.

A Rais é o resultado de uma declaração anual que todas as empresas do País devem prestar ao governo, o que leva sua divulgação a ser feita com relativo atraso. Até agora o governo vinha trabalhando com os dados da Rais de 2001. Os dados preliminares de 2002 ficaram prontos hoje e dentro de alguns dias estarão disponíveis todas as informações referentes à realidade do mundo do trabalho no ano passado.

De acordo com os dados já divulgados, o mercado de trabalho brasileiro vem se comportando de forma bastante diferenciada de acordo com a idade, sexo e grau de instrução do trabalhador. O emprego formal (com carteira assinada) vem se reduzindo para os jovens e para os profissionais com grau de instrução até a 8ª série incompleta e aumentando para os demais. A maior elevação se situa no intervalo de escolaridade com 2º grau completo.

Pelas informações contidas na Rais fica comprovada a liderança das mulheres nos postos de trabalho criados nos níveis superior incompleto (30,3 mil mulheres contra 11,1 mil homens) e no superior completo (164,4 mil mulheres e 95 mil homens).

A contrapartida é que elas ganham bem menos do que os homens. A remuneração da mulher em 2002 correspondeu, em média, a 82,3% da remuneração do homem. No nível superior completo a diferença é ainda mais gritante. As mulheres só conseguem receber 58% do salário dos homens.

Em termos globais, a Rais mostra que em 2002 foi gerado aproximadamente 1,2 milhão de empregos formais, com crescimento de 4,4% em relação a 2001. Os setores mais dinâmicos foram os de Serviços (337,9 mil postos), a Administração Pública (329,7 mil vagas), o Comércio (309,1 mil empregos) e a Indústria de Transformação (203,2 mil postos).

Com relação aos rendimentos, a perda do poder aquisitivo dos trabalhadores em 2002 chegou a 6,82%, porcentual bastante superior à queda verificada em 2001, que foi de 1,08%.

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