Morte de fiscais do Trabalho completa 8 anos, e mandantes estão soltos

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Publicado Sexta, 27 de Janeiro de 2012 às 09:55, por: CdB

(1’51” / 435 Kb) - Oito anos após a execução de quatro fiscais do Ministério do Trabalho, os acusados de serem mandantes permanecem em liberdade.  O crime ocorreu em 28 de janeiro de 2004, nas proximidades da Fazenda Bocaina, no município de Unaí (MG).

Os auditores Erastótenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira atuavam no combate ao trabalho escravo. Em uma das ações, a família Mânica foi multada em mais de R$ 3 milhões. Entre as infrações estava a exposição dos trabalhadores a condições degradantes.

Após as investigações, Antero e Norberto Mânica, ao lado de Hugo Pimenta e José Alberto Costa, foram apontados pela Polícia Federal como mandantes.

O então delegado regional do Trabalho, em Minas Gerais, Carlos Calazans, lembra que os envolvidos no crime foram indiciados em setembro do mesmo ano, mas as penalidades foram diferentes.

“Descobriu-se que eles receberam R$ 45 mil, depositados em conta bancária. Em setembro daquele no, o juiz pronuncia os nove como acusados do crime. Hoje, desses nove, os cinco executores estão presos e os quatro mandantes soltos.”

Os executores já cumprem oito anos de prisão. Os mandantes foram presos por duas vezes. Em seguida, conseguiram habeas corpus concedendo o direito de responder o processo em liberdade. No final de 2011, o processo foi desmembrado. Primeiro serão julgados os jagunços e depois os acusados de encomendar o massacre.

O município de Unaí se destaca pela produção de feijão. Norberto Mânica é o principal produtor da região.

De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.

27/01/12

*Com entrevista de Gilvander Moreira

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