Sua principal marca como jornalista era a coragem para enfrentar o oligopólio da mídia. E fazia isso para mostrar o quanto a ausência de pluralidade na comunicação cobrava um preço alto da população
Por Redação, com Conexao Jornalismo - de São Paulo
O jornalista Paulo Nogueira morreu aos 61 anos após lutar por nove meses contra um câncer. Ao lado do irmão, Kiko Nogueira, criou em 2012 o site Diário do Centro do Mundo, uma plataforma digital voltada para fazer frente ao pensamento único da imprensa brasileira. Filho de jornalista, Emir Nogueira, Paulo teve a carreira ligada às editoras Abril e Globo - duas das principais representantes do oligopólio da mídia que passou a combater.
O jornalista morava em Londres de onde só mudou para iniciar o tratamento. Seu sepultamento foi nesta sexta-feira em São Paulo. ele deixou três filhos.
Sua principal marca como jornalista era a coragem para enfrentar o oligopólio da mídia. E fazia isso para mostrar o quanto a ausência de pluralidade na comunicação cobrava um preço alto da população, especialmente no campo político. O DCM segue agora nas mãos exclusivas de Kiko Nogueira.
Em nota, a ex-presidenta Dilma Rousseff afirma que o jornalismo e a democracia brasileira perdem um grande lutador. "A morte de Paulo Nogueira, fundador e editor do Diário do Centro do Mundo, ocorre num momento triste da nossa história. Seu site tem sido uma trincheira de defesa do jornalismo honesto e uma peça importante da resistência democrática. Paulo foi um jornalista de grande força e perseverança. Um batalhador que acreditou na causa dos justos e na luta por um país menos desigual", diz Dilma.