Publicado Sexta, 27 de Janeiro de 2012 às 09:59, por: CdB
Os ministros das Finanças da zona do euro mostraram otimismo nesta sexta-feira de que um acordo para evitar um calote desordenado da Grécia esteja perto de ser alcançado. Eles também acreditam que as principais peças para resolver a crise de dívida da Europa estejam gradualmente entrando no lugar.
A principal autoridade econômica europeia disse que um acordo entre o governo grego e seus credores privados sobre perdas voluntárias aos investidores será conseguido nos próximos dias e que a zona do euro está fazendo progresso para fortalecer suas proteções financeiras.
– Estamos muito perto de um acordo, senão hoje, então no fim de semana e preferivelmente em janeiro, não fevereiro. Estamos muito perto– disse o comissário para Assuntos Econômicos e Monetários da UE, Olli Rehn, ao Fórum Econômico Mundial, em Davos.
O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, falando no mesmo fórum, disse que criar um novo pacote de resgate para a Grécia não é fácil por causa dos descumprimentos de algumas metas no passado, mas que isso será feito nos próximos dias.
– Nós não esperamos um default na Grécia– disse ele. Schaeuble advertiu, porém, que Atenas terá de cumprir compromissos de reforma econômica e fiscal que não cumprira nos últimos dois anos.
O acordo em negociação para a troca de dívida com o setor privado parece prestes a deixar um rombo de financiamento de 12 a 15 bilhões de euros para reduzir a dívida da Grécia para 120% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo autoridades da UE.
O ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, disse que o Banco Central Europeu (BCE) não deveria ser obrigado a sofrer perdas em suas posses de bônus governamentais gregos, comprados com um desconto para acalmar os mercados, pois isso poderia prejudicar a política monetária.
Rehn disse que os líderes das 17 nações da zona do euro decidirão nas próximas semanas se combinarão um fundo de resgate temporário para países em dificuldade com o fundo de resgate permanente para dar mais poder financeiro à Europa.
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