Ministro compara campanha pela TV digital brasileira ao 'Petróleo é Nosso'

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Publicado Quarta, 12 de Novembro de 2003 às 15:47, por: CdB

- O nível de oposição que pode surgir ao projeto brasileiro de TV digital, pode nos remeter a uma luta semelhante àquela travada há mais de 50 anos no "Petróleo é nosso - disse o ministro das Telecomunicações, Miro Teixeira, após visitar a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Segundo o ministro, o trabalho de pesquisa por um padrão tecnológico brasileiro no setor significa priorizar conteúdo e o emprego intelectual no país. "A rigor é uma luta da nacionalidade brasileira, sem exagero nisso", afirmou.

O ministro ressaltou que o debate da TV digital não se restringe à melhoria da qualidade de imagem e som, pois se trata de um processo de convergência de meios de comunicação. "O que se está discutindo é quem vai deter a distribuição de conteúdo no mundo", disse. Nesse sentido, Miro Teixeira revelou que já houve propostas milionárias de países desenvolvidos interessados em que o Brasil adote, ou ao menos desenvolva, a pesquisa a partir do sistema oferecido.

A proposta brasileira que está sendo estudada é a instalação de um conversor - que custará de 150 a 300 reais - nos televisores analógicos, já que a maioria população brasileira não possui computador. "Se as tecnologias não servirem para diminuir as diferenças sociais, não podem ser políticas de governo", disse.

Sobre as concessões de rádios comunitárias, o ministro anunciou que os 4.400 processos que estavam parados desde o outro governo, já foram totalmente analisados. Desse total, cerca de 2.500 pedidos foram descartados, pois não tinham apoio comunitário ou projeto definido. Outros 900 processos, que já estavam prontos para tramitar, foram finalmente encaminhados para a Casa Civil ou Poder Legislativo. - Além disso, dei 400 licenças provisórias este ano. Queremos fortalecer as rádios comunitárias, que têm que andar rigorosamente dentro da lei, como já o fazem - afirmou.

Miro Teixeira fez nesta quarta-feira uma visita à sede da Central Única dos Trabalhadores em São Paulo, onde se reuniu com o presidente nacional da entidade, Luiz Marinho. Segundo Marinho, não foram feitas reivindicações ao ministro, a CUT apenas reafirmou a expectativa de reformulação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

O ministro também foi recebido por representantes da Empresa de Correios de Telégrafos (ECT), que trataram das reivindicações pendentes em relação ao acordo coletivo.

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