Militares americanos são alvos de atiradores no Kuwait

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Publicado Segunda, 14 de Outubro de 2002 às 21:48, por: CdB

Um atirador abriu fogo contra as tropas americanas no norte do Kwait na manhã desta segunda-feira, segundo informações da embaixada americana no Kuwait. Ninguém ficou ferido no incidente que ocorreu menos de uma semana após um militar ser morto e um segundo ferido em um ataque realizado por um homem que supostamente seria seguidor de Osama bin Laden. O Ministro da Defesa do Kwait, Sheik Jaber Mubarak Al Sabah, disse aos repórteres que ainda é muito cedo para dizer que os ataques desta segunda-feira seriam atentados terroristas. De acordo com uma porta-voz da embaixada dos Estados Unidos, os atiradores se aproximaram com dois veículos utilitários esportivos dos militares nas proximidades de uma área de treinamento por volta das 7:50h (hora local). Ela disse que os militares não atiraram de volta e os veículos dos atiradores não foram encontrados. Este foi o terceiro incidente em menos de uma semana, de acordo com oficiais americanos. Na última quarta-feira, um soldado americano atingiu com uma única bala um carro no norte do Kuwait, aparentemente percebendo uma ameaça enquanto as tropas viajavam por uma auto- estrada. Ninguém ficou ferido no incidente. Aparentemente a Al-Qaeda tem uma grande influência entre os jovens kuwaitianos, principalmente os fundamentalistas islâmicos. Uma mensagem aparentemente enviada por Bin Laden apareceu em sites islâmicos nesta segunda-feira elogiando os últimos ataques terroristas, incluindo os ataques da semana passada no Kuwait e a explosão do petroleiro francês na costa do Yemen. Mas muitos kuwaitianos disseram que o apoio americano a Israel é também causa do crescimento do sentimento anti-americano neste país e poderia estar inflamando as emoções dos militares. Enquanto a vasta maioria dos 800.000 cidadãos kuwaitianos são gratos pela proteção dos Estados Unidos durante a Guerra do Golfo em 1991, na qual tropas americanas libertaram seu país da invasão iraquiana, percepções de que os americanos apoiaram o uso da força em Israel contra os civis palestinos, e o crescimento do apoio americano aos apelos israelenses de considerar Jerusalém a capital, têm contribuído para o crescimento deste sentimento.

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