Mercado segue otimista e dólar cai para R$ 2,39

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Publicado Sexta, 07 de Dezembro de 2001 às 19:29, por: CdB

O ministro da Economia argentino, Domingo Cavallo, está em Washington em uma missão desesperada, indicadores das três maiores economias do mundo preocupam investidores, mas o otimismo dos investidores brasileiros continua. É verdade que se o cenário internacional fosse mais favorável, a recuperação das cotações poderia ser maior, mas, de qualquer forma, o fluxo de dólares para o Brasil está mais alto do que o esperado e o real continua se valorizando. O diretor de Política Econômica do Banco Central, Ilan Goldfajn, não confirmou a informação que circulou hoje de que os investimentos diretos estrangeiros em novembro ficaram em US$ 2,1 bilhões, mas afirmou que ficaram acima do esperado. O valor exato será divulgado no próximo dia 19. Além disso, o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, declarou que "numa visão de médio e longo prazo, a taxa de câmbio estava depreciada e possivelmente ainda esteja". As falas estimularam a queda do dólar, que fechou abaixo de R$ 2,40. As más notícias vêm do exterior. A desaceleração econômica nos Estados Unidos, Japão e Alemanha, as três maiores economias do mundo, é maior do que se esperava, segundo indicadores divulgados hoje. Os dois primeiros estão em recessão, e o terceiro, possivelmente enfrentará uma em breve. A notícia derrubou as bolsas no mundo inteiro e mantém os investidores cautelosos, embora as previsões ainda sejam de que a recuperação deva começar na segunda metade de 2002. E a Argentina está à beira do colapso financeiro. A União tem débitos de US$ 1,5 bilhão até o final do ano e já tem um volume insuficiente de reservas internacionais para dolarizar a economia. Sem o dinheiro que esperava receber do Fundo Monetário Internacional (FMI), US$ 1,26 bilhões, terá de sacar a quantia das reservas. Por isso, Cavallo está em Washington pressionando o Fundo. Se falhar, o país dificilmente escapará da moratória e desvalorização cambial. A situação é gravíssima e os próximos dias serão decisivos. Se houver uma ruptura traumática, pode haver conseqüências para os mercados brasileiros, ainda que pontuais e moderadas. A previsão dos analistas é que mesmo que o câmbio sofra um repique, a recuperação não deve demorar. Fechamento dos mercados O dólar comercial para venda fechou em R$ 2,3930, com queda de 1,12%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 20,830% ao ano, frente a 21,000% ao ano ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 1,78%. O índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires fechou em alta de 0,38%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em queda de 1,61%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou em queda de 0,49%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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