Marina SilvaMudou de nome, ou o caráter: a batalha travada no PV entre os grupos da ex-senadora e ex-presidenciável Marina Silva, e o presidente nacional do partido, deputado José Luiz Penna (SP) pelo controle do partido e de sua máquina política, ganha agora ares de luta pela democracia.
Segundo o ex-deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), o partido, dirigido há 13 anos pelo agora deputado federal Penna, não pode ser um feudo. Mas, Gabeira está no PV desde a sua fundação! Só agora chegou a essa conclusão?
Ele foi para o PT, elegeu-se deputado federal no Rio e voltou para o PV. A própria ex-senadora e ex-presidenciável Marina Silva diz que saiu do governo Lula e do PT porque suas causas foram ignoradas.
Como vemos - e ninguém deixa de reconhecer - são razões dignas as dos dois, Marina e Gabeira.
Uma quando entrou e o outro quando voltou, conheciam o PV
Mas, a questão de fundo é que ele, quando voltou, e ela quando foi para o partido, sabia à exaustão o que era o PV, por quem e como ele era comandado. Candidatos derrotados eles querem agora controlar o partido.
Já programa e idéias dos dois para o país e propostas sobre o próprio PV até agora não apareceram. Até porque, dentro das singularidades do PV, o atual grupo dirigente do partido, liderado pelo deputado Penna, já tem até candidato a prefeito de São Paulo no ano que vem, o ex-petista Eduardo Jorge, atual secretário de Meio Ambiente do prefeito paulistano, Gilberto Kassab (PSD-PSDB).
Aparentemente a luta no PT tornou-se democrática a partir da semana passada, quando Marina Silva e dois aliados de seu grupo, Gabeira e o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), em intensa articulação para assumir o controle do partido, tomaram uma rasteira de Penna que, via Executiva Nacional verde, prorrogou o próprio mandato de presidente por mais um ano.
Foto:José Cruz/ ABr