Magnata faz greve de fome contra Evo Morales

O magnata do fast food e do cimento da Bolívia, Samuel Doria Molina, mantinha nesta quinta-feira seu oitavo dia de greve de fome contra a decisão do governo de Evo Morales de impor, sem consenso, um novo mecanismo de voto na Assembléia Constituinte, da qual é membro.

Ex-candidato presidencial de 47 anos, dono de franquias do Burger King e de uma empresa que produz 70% do cimento na Bolívia, Medina protesta contra a imposição do partido do governo, o MAS.

Submetido a minuciosos exames médicos diários, Doria Medina, líder da Unidade Nacional (UN), de centro-direita, está fazendo sua greve na sede da Constituinte em Sucre. O empresário boliviano iniciou a greve em 15 de novembro junto com outros seis constituintes da UN, três dos quais interromperam o protesto por complicações de saúde.

Doria Medina é contra a imposição de um mecanismo de voto de 50%+1 - que permite ao partido do governo tomar qualquer decisão sem consenso - e, assim como outras forças de oposição, reclama a permanência dos dois terços estabelecidos pela lei de convocação da Assembléia.

Em sua greve de fome, ele dorme em um colchão sobre o chão e só ingere líquidos, como mate de coca ou chá.