Primo de Lira é demitido do Incra após reclamações dos trabalhadores

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Publicado Terça, 16 de Abril de 2024 às 18:41, por: CdB

A medida atende a pedido do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) articulado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT-SP). César Lira foi nomeado em 2017, ainda na gestão Michel Temer (MDB) por indicação do deputado federal Marx Beltrão (PP-AL). 


Por Redação - de Brasília

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou Wilson César de Lira Santos, primo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do cargo de superintendente regional em Alagoas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira.

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Paulo Teixeira (PT-SP) comanda o Ministério do Desenvolvimento Agrário


A medida atende a pedido do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) articulado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT-SP). César Lira foi nomeado em 2017, ainda na gestão Michel Temer (MDB) por indicação do deputado federal Marx Beltrão (PP-AL). 

Santos permaneceu no cargo durante o governo Jair Bolsonaro (PL) com o apadrinhamento de Lira e permaneceu no posto no do primeiro ano de Lula. Teixeira conta ter procurado o presidente da Câmara na semana passada para informá-lo sobre a decisão.

 

Expectativa


O ministro, que esteve com Lira na manhã desta terça-feira, afirma ainda que o avisou no domingo que a situação política estava insustentável. O clima, segundo o ministro, era de animosidade.

— Nosso trabalho é de descompressão. Mas ele (Wilson Cesar), em vez de descomprimir, ‘meteu bala’, entende? — justifica.

Teixeira chegou a mostrar ao presidente da Câmara uma carta que lhe foi encaminhada por movimentos sociais contra a permanência de Wilson Cesar de Lira Santos.

Ainda segundo Teixeira, havia uma expectativa que o primo de Lira deixasse o cargo para concorrer a prefeito nas próximas eleições municipais. O ministro admite que Lira ficou contrariado com o que chamou de ‘timing’ da exoneração.

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