Lula pede "coesão" em discurso na África do Sul

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Publicado Sexta, 07 de Novembro de 2003 às 19:05, por: CdB

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acenou com a possibilidade de repetir a atuação que teve nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Cancún, se os países em desenvolvimento mantiverem a "coesão". Falando no banquete oferecido pelo presidente sul-africano Thabo Mbeki, hoje, Lula repetiu o apelo de união que já havia feito na Namíbia, na noite anterior.

"Na Organização Mundial do Comércio estamos empenhados em garantir que a Rodada Doha faça jus a seu título de Agenda para o Desenvolvimento", declarou o presidente. "Seguiremos mantendo nossa coesão, como fizemos em Cancún, para fazer valer a competitividade de nossas exportações para os mercados dos países industrializados."

Nas negociações de Cancún, em setembro, o Brasil liderou uma dura reação dos países em desenvolvimento à intransigência dos mais ricos nos temas agrícolas.

Além de ter na África do Sul como um país aliado nos fóruns internacionais, o Brasil quer o principal país da África austral como um parceiro comercial. A África do Sul tem liderado um movimento de aproximação dos países da região na União Aduaneira da África Austral (Sacu), que inclui a Namíbia, Botswana, Lesotho e Swazilândia. "A liderança política e a pujança econômica da África do Sul estão forjando na África Austral uma 'renascença africana' cujos resultados pude observar", disse o presidente.

Além de liderar a Sacu, a África do Sul está também tentando integrar comercialmente Angola e Moçambique, por exemplo, na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). A aproximação está sendo negociada no âmbito do Mercosul desde o início do ano e está agora na fase de definir a redução tarifária para uma lista de produtos, a chamada desgravação. O Brasil tem a intenção de concluir rapidamente as negociações, mas ainda não há prazo estimado para isso.

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