Paralelo à cúpula de chefes de Estado e de governo na Bolívia, começa nesta quinta-feira e termina no sábado o Encontro Social Alternativo. Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, da Argentina, Néstor Kirchner, de Cuba, Fidel Castro, e da Venezuela, Hugo Chávez, são os convidados de honra para o final do encontro, no estádio Ramón Tahuichi Aguilera, onde são esperadas 50 mil pessoas.
Estarão presentes no encontro representantes de organizações não-governamentais, sindicatos e movimentos sociais do campo e da cidade bolivianos e de outros países latino-americanos. Maria Eugenia Canedo, uma das organizadoras do evento, disse que a intenção não é boicotar o encontro dos presidentes, mas complementá-lo. Segundo ela, será um encontro pacífico, que discutirá temas como a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), a exploração racional dos recursos naturais, privatizações, biodiversidade e problemas econômicos.
Líder plantador de coca
Segundo o deputado Evo Morales, líder dos plantadores de coca bolivianos, todas as conclusões do evento serão entregues aos chefes de Estado e de governo presentes em Santa Cruz de la Sierra para que sejam implementadas. Convidado para participar da abertura da 13ª Cúpula Ibero-Americana, o deputado indígena Felipe Quispe, um dos principais líderes das manifestações populares ocorridas na Bolívia em outubro, que culminaram com a renúncia do ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada, disse que não vai. Quispe também não participará do Encontro Social Alternativo, classificado por ele como "fachada", apenas para dar protagonismo político a Morales.