Lula assume erros e acertos na economia

Arquivado em:
Publicado Segunda, 21 de Novembro de 2005 às 22:02, por: CdB

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez, nesta segunda-feira à tarde, uma longa e veemente defesa da política econômica do seu governo. Ele participou da solenidade na qual foi sancionada a Medida Provisória 255, conhecida como "MP do Bem", agora transformada em lei. O projeto foi aprovado com 14 vetos presidenciais, sendo os mais importantes o que retirou do texto a redução do prazo para amortização de créditos obtidos com o pagamento de PIS e Cofins na compra de máquinas e equipamentos e o que reduzia a contribuição à Previdência Social dos criadores de gado.

Os vetos, porém, não comprometeram a essência do projeto aprovado pelo Congresso Nacional. Embora tenha elogiado a atuação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, Lula foi enfático ao afirmar que a condução do programa econômico é de toda a equipe.

- Neste governo, não tem política econômica do ministro Palocci, tem política econômica do governo, que envolve toda a complexidade do governo. Se a política econômica for bem, todo mundo ganha. Se ela for mal, todo mundo perde - afirmou o presidente, de improviso, após discursar na cerimônia de sanção da Medida Provisória 255, a chamada MP do Bem, que desonera vários setores produtivos, especialmente na área de exportação e inovação tecnológica.

Sobre as disputas internas em sua equipe, o presidente afirmou que são comuns em qualquer governo. Ele citou os desenvolvimentistas e monetaristas, ressaltando que isso (disputas) sempre existiu e vai continuar existindo.

- Se alguém quiser continuar especulando sobre economia, por favor, dirija-se à Bolsa de São Paulo e deixe o governo fazer as coisas que está fazendo. No meu governo, há espaço, como nunca houve na república brasileira, para que ministros possam exercitar o debate. Quando isso é transformado em política pública de governo, acaba o debate - disse o presidente.

Elogio

A consolidação da chamada MP do Bem "não seria possível se não fosse o trabalho do companheiro Palocci e de seus assessores, sobretudo da Receita Federal". Assim o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o empenho do ministro da Fazenda, ao discursar na cerimônia de sanção da Medida Provisória 255, que desonera vários setores produtivos, especialmente na área de exportação e inovação tecnológica.

Na semana passada, o presidente havia elogiado o trabalho da ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, na coordenação do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel. Nesta segunda, Lula afirmou que há espaço para disputas internas em sua equipe, por serem saudáveis e democráticas.

- O resultado do debate sempre será melhor para a sociedade do que a posição unilateral, seja do Execuivo, seja do Legislativo. No meu governo há espaço, como nunca houve na República brasileira, para que os ministros possam ter pensamentos diferenciados, possam exercitar a vontade de fazer um debate, para que seja transformado em políticas públicas de governo - disse.

Do ponto de vista da economia, Lula destacou não ter sido fácil atravessar o ano de 2003, quando assumiu o governo, mas lembrou dos resultados positivos alcançados por sua equipe.

- Não foi fácil. Cortamos mais do que cortamos na carne. Alguns acham que nós cortamos demais. Mas a verdade é que o resultado da política que nós fizemos, ao contrario daqueles que imaginvam que o nosso governo ia ser um desastre, o governo se transformou num sucesso. O resultado veio com o melhor crescimento econômico dos últimos dez anos - destacou.

Este sucesso, segundo Lula, tem deixado "aqueles que defendem a teoria do quanto pior melhor mais preocupados pelos acertos do que pelos erros". Quanto às disputas eleitorais do próximo ano, disse não estar preocupado:

- Até porque muita mentira tem perna curta e o povo brasileiro é mais sábio e mais inteligente do que aqueles, que pensam pequeno, podem compreender.

O presidente propôs aos participantes da cerimônia, dent

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo