Londres aconselha britânicos a sair da Venezuela

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Publicado Sábado, 21 de Dezembro de 2002 às 22:00, por: CdB

O governo da Grã-Bretanha aconselhou, neste sábado, todos os seus cidadãos que se encontram na Venezuela a sair do país, a menos que tenham algum motivo urgente para permanecer. O alerta foi divulgado pelo Ministério do Exterior em sua página na Internet. Na última quarta-feira, o governo já tinha avisado os britânicos que o momento não era bom para uma viagem ao país sul-americano. O comunicado da chancelaria acrescenta que os parentes de diplomatas britânicos e todo o pessoal não-essencial serão retirados da Venezuela. "A decisão foi tomada como resultado de uma crise política em andamento e do agravamento da situação da segurança no país", diz o comunicado. A greve geral convocada pela oposição venezuelana para forçar a renúncia do presidente Hugo Chávez caminha para a quarta semana. A tensão aumentou na sexta-feira, com a decisão dos funcionários da Petróleos de Venezuela (PDVSA), a maior companhia do país, de desafiar uma ordem da Suprema Corte para que voltassem imediatamente ao trabalho. Horas depois, centenas de milhares de pessoas realizaram uma gigantesca marcha por Caracas, a fim de expressar apoio aos petroleiros e reforçar a pressão sobre Chávez. O comunicado do Ministério do Exterior britânico ressalta que a falta de combustíveis em Caracas e outras cidades importantes da Venezuela levou o governo de Londres a emitir o alerta. "Isso provavelmente terá impacto sobre abastecimentos críticos de bens essenciais nos próximos dias, desencadeando ainda mais distúrbios", diz a nota. Chávez, que em abril deste ano permaneceu 48 horas afastado do poder por conta de uma tentativa fracassada de golpe, reiterou que não vai renunciar. O presidente também afirmou que não vai antecipar as eleições, uma vez que a Constituição lhe dá o direito de esperar até agosto - quando completa metade de seu mandato - para convocar um plebiscito sobre sua permanência no poder.

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