O velejador Peter Plake foi morto porque reagiu ao assalto e decepou o dedo indicador de um dos criminosos com um tiro de fuzil. Esta foi a versão apresentada pelos sete homens acusados de participar do assalto que resultou na morte do velejador neozelandês Peter Blake - presos pela Polícia Federal nesta sexta-feira. Eles confessaram a autoria do roubo e prestaram depoimento na PF de Macapá, onde afirmaram que não contavam com a reação da tripulação do Seamaster e um dos bandidos teria atirado em Blake. Os sete homens fazem parte de um grupo conhecido na Amazônia como "ratos d'água", especializado em invadir e saquear embarcações. Eles disseram que já estavam indo embora com o produto do roubo quando a tripulação do Seamaster decidiu reagir ao assalto, atirando nos bandidos. Entre os detidos estão Jânio dos Santos Gomes - que seria o líder do grupo e organizador do assalto - e Ricardo Colares Tavares - que disse ter disparado dois tiros contra a tripulação da embarcação de Blake. Segundo os companheiros dele, um dos disparos atingiu o velejador, mas Blake morreu com dois tiros nas costas disparados à queima-roupa. Com os suspeitos, foram apreendidos relógios, CDs, armas e R$ 1.500 que teriam sido tirados da tripulação. Na Polícia Federal, os criminosos disseram que não sabiam quem eles eram quando praticaram o assalto. A polícia busca agora um oitavo participante, chamado Rubens. Ele seria o piloto do barco que teria levado o grupo até a embarcação em que o velejador estava. O corpo do velejador está na polícia técnica do Amapá e só poderá ser liberado pela família - ele era casado e tinha dois filhos. O acesso à embarcação de Blake está interditado e a Polícia Federal deverá tomar novos depoimentos. A embaixadora da Nova Zelândia no Brasil, Denise Almao está no Amapá acompanhando as investigações.
Rio de Janeiro, Sexta, 29 de Março de 2024
Ladrões afirmam que velejador reagiu ao assalto
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Publicado Sexta, 07 de Dezembro de 2001 às 15:25, por: CdB
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