Jornalista próximo a Perillo admite caixa 2 de tucano

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Publicado Quarta, 27 de Junho de 2012 às 12:40, por: CdB
Jornalista próximo a Perillo admite caixa 2 de tucano

Luiz Carlos Bordoni nega tentativa de chantagem de Carlinhos Cachoeira, coloca-se à disposição para acareação e diz que contraventor participava de governo de Goiás

Por: Redação da Rede Brasil Atual

Publicado em 27/06/2012, 16:30

Última atualização às 18:16

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Bordoni se colocou à disposição para uma acareação com Carlinhos Cachoeira e com Perillo (Foto: Beto Oliveira. Agência Câmara)

São Paulo – O jornalista Luiz Carlos Bordoni, que trabalhou na campanha de Marconi Perillo ao governo de Goiás em 2010, reforçou hoje (27) em depoimento a versão de que recebeu dinheiro de fontes irregulares do governador tucano. O radialista afirmou à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira que uma parte foi paga pelo próprio Perillo e outra por empresas ligadas ao contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. “Fiz um trabalho limpo, mas fui pago com dinheiro sujo de caixa dois”, afirmou. “Se houver uma investigação em todas as campanhas eleitorais, vai-se verificar isso. As campanhas são movidas dessa maneira.”

Bordoni também rebateu a acusação feita pela esposa de Cachoeira, Andressa Mendonça, que declarou ao site da revista Veja que o jornalista teria recebido dinheiro não por causa do trabalho que fez na campanha de Perillo, mas porque teria chantageado Carlinhos Cachoeira. “Quem sou eu para achacar o rei do achaque, o Capone do cerrado?”, ironizou, acrescentando que coloca à disposição da CPMI seus sigilos telefônico e bancário.

Ele aceitou ainda a proposta do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) de promover uma acareação com Cachoeira, acrescentando que gostaria ainda de ter seu  depoimento confrontado com o de Perillo. O jornalista também disse que Cachoeira participava informalmente do governo de Perillo. O governador, por sua vez, negou na CPI que tivesse qualquer relacionamento com Cachoeira.

Mais cedo, Eliane Gonçalves Pinheiro, ex-chefe de gabinete do governador de Goiás, recusou-se a falar aos parlamentares. Na véspera, Lúcio Fiúza Gouthier, que foi assessor do tucano, e Écio Antônio Ribeiro, um dos sócios da empresa usada para vender uma casa de Perillo a Cachoeira, também se valeram de habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para ficarem calados.

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