James Bond será apenas um inseto

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Publicado Terça, 30 de Julho de 2002 às 05:04, por: CdB

A compreensão da aerodinâmica que permite aos insetos e aos beija-flores voar é a chave de uma invenção que os pesquisadores esperam lançar. O robô inseto criará um pequeno zumbido e não o barulho de um grande bater de asas. Suas principais finalidades seriam a espionagem e o reconhecimento aéreo. Biólogos e técnicos da Universidade da Califórnia, em Berkeley, gastaram os últimos quatro anos desenvolvendo um minúsculo robô, chamado Micromechanical Flying Insect, que, segundo eles, um dia vai voar como uma mosca. O projeto está entre um punhado de outros que visam a criar aparelhos que possam planar, voar e flutuar no ar com asas muito leves, que batem com ritmo e precisão, coisa até hoje só encontrada na natureza. O projeto está tomando caminhos diferentes, mas seu objetivo é o mesmo: criar minúsculos aparelhos que possam espionar tropas inimigas, explorar a superfície de Marte ou monitorar com segurança perigosos vazamentos químicos. A Agência de Pesquisa Avançada de Projetos de Defesa do Pentágono financia grande parte do trabalho, devido a seu potencial de aplicação tanto em missões de reconhecimento quanto de vigilância. Assim, nos últimos anos, os cientistas de Berkeley e de outras instituições puderam fazer grandes progressos na compreensão do vôo dos insetos e pássaros. Seu desafio agora é aplicar esse conhecimento no projeto de aparelhos que, ao menos em Berkeley, reproduzam o tamanho, o peso, o poder e, acima de tudo, a elegância da aerodinâmica de uma mosca - mais especificamente, a varejeira, segundo o professor Tim Sands. Sands e seus colegas destacam que uma mosca pode carregar o próprio peso, virar-se mais rapidamente do que qualquer jato, voar mesmo com as asas quebradas e ainda pousar no telhado. Num laboratório do campus, a equipe de cientistas usa pinças para pegar o protótipo do inseto mecânico. O robô tem o peso de uma mosca e tenta ser o menor robô voador. Mas ele ainda tem que voar. O robô está sendo desenvolvido num contrato de cinco anos, no valor de 2,5 milhões de dólares.

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