Israel fecha passagens para Gaza depois de atentado

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Publicado Sexta, 14 de Janeiro de 2005 às 08:01, por: CdB

O governo de Israel decidiu fechar todas as passagens para Gaza - três postos de checagem que fazem conexão entre a faixa de Gaza, Israel e o Egito - até que os palestinos ponham fim à violência contra israelenses, anunciaram nesta sexta-feira o ministro da Defesa israelense, Shaul Mofaz, e o chefe do Exército, Moshe Yaalon.

A decisão foi tomada depois que um atentado no final da noite desta quinta-feira causou a morte de seis israelenses. O ataque, executado por três palestinos que também morreram na ação, ocorreu em um dos postos de checagem. O ataque deixou ainda quatro israelenses feridos, três deles em estado grave, segundo o jornal israelense "Haaretz".

De acordo como governo de Israel, os três postos de checagem, as passagem de Karni, onde ocorreu o ataque de ontem, Erez, entre Gaza Israel, e Rafah, que liga Gaza e o Egito, ficarão fechados e isolarão os palestinos por tempo indeterminado.

Nesta quinta-feira, as primeiras informações davam conta que a ação havia sido realizada por dois homens-bomba. Mais tarde, Israel disse que os três militantes palestinos usaram explosivos escondidos em um caminhão para explodir a parede do posto de controle de Karni.

Depois de violada a segurança, três palestinos teriam atravessado para o lado israelense, atirando e detonando explosivos, quando foram mortos a tiros pelos soldados.

Segundo o general israelense Abir Kochavi, comandante da divisão responsável por Gaza, haverá um corte drástico na quantidade de mercadorias que já havia recebido permissão para entrar em Gaza, o que prejudicará civis inocentes.

Três grupo extremistas palestinos reivindicaram o ataque: Hamas, Frente de Resistência Palestina e Brigadas de Al Aqsa, facção ligada ao Fatah, partido do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

"O ataque é uma continuação de nossa resistência", disse Abu Abir da Frente de Resistência Palestina. Já o Hamas anunciou que tem esperança de conseguir seqüestrar soldados israelenses para trocar posteriormente com palestinos detidos em prisões israelenses.

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