Iraquianos chegam a acordo quanto ao novo presidente do Parlamento

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Publicado Quinta, 20 de Abril de 2006 às 04:40, por: CdB

Os diferentes grupos políticos iraquianos chegaram a um consenso em prol da candidatura do líder sunita Adnan al-Dulaimi para a Presidência do Parlamento, que se reúne pela segunda vez nesta quinta-feira, desde as eleições do 15 de dezembro do ano passado.

Segundo disse à agência espanhola de notícias EFE o próprio Al-Dulaimi, líder da Frente do Consenso Nacional, durante a sessão desta quinta, os deputados elegerão o presidente e os dois vice-presidentes da Câmara - a primeira não-provisória do Iraque no pós-guerra - que conta com 275 deputados. Os candidatos aos dois postos de vice-presidente do Legislativo são Khaled al Atiya - membro da Aliança Unida Iraquiana (AUI), um grupo xiita religioso que conta com 128 cadeiras -, e Aref Taifur, da Coalizão curda, com 54 assentos, acrescentou Al-Dulaimi.

Os representantes dos três principais grupos - xiitas, curdos e sunitas - aceitaram a candidatura de Al-Dulaimi para a Presidência do Parlamento depois que a de Tareq al-Hashemi, líder do sunita Partido Islâmico (PI), foi rejeitada pela AUI. O Partido Islâmico é uma das três legendas que integram a Frente do Consenso Iraquiano (FCI), que tem 44 cadeiras e é a principal representante dos árabes sunitas do Iraque, que representam 20% dos 27 milhões de habitantes do país.

Segundo Al-Dulaimi, hoje será feita uma votação no Parlamento e tanto os candidatos a vice-presidente da Câmara como ele terão de obter o apoio de pelo menos 184 dos 275 deputados. Fontes políticas não descartaram a possibilidade de o novo presidente do país ser eleito ainda neste fim de semana, já que o único candidato para este posto é o curdo Jalal Talabani.

Segundo a Constituição permanente do Iraque, aprovada em outubro passado em plebiscito, devem ser eleitos, durante a primeira ou a segunda sessão do Parlamento, o presidente e os dois vice-presidentes da Câmara, assim como o chefe de Estado e os dois vice-presidentes do país. De acordo com a Carta Magna, em seguida o presidente do país pede, ao grupo com maior número de cadeiras no Parlamento, que apresente um candidato a primeiro-ministro dentro de um prazo de 15 dias.

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