- Estamos prontos para negociar, mas não suspenderemos nossas atividades - disse Ahmadinejad, em discurso televisivo pelo aniversário da Revolução de 1979.
Ao contrário do que se esperava, o líder iraniano não fez o prometido "anúncio significativo" no campo nuclear - observadores acreditavam que Ahmadinejad poderia confirmar o início das operações de 3 mil novas centrífugas nucleares em suas instalações no interior do país.
Em vez disso, Ahmadinejad disse que o Irã continua comprometido com o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), acordo do qual é signatário.
Teerã alega que quer desenvolver tecnologia nuclear para fins energéticos, e não militares.
Conferência
O assunto ocupa as atenções da conferência internacional sobre segurança, que se realiza em Munique, na Alemanha.
Neste domingo, o negociador iraniano de assuntos nucleares, Ali Larijani, disse que o Irã está disposto a voltar à mesa de negociações para tratar de seu programa de enriquecimento de urânio.
- A vontade política do Irã tem por objetivo resolver a disputa. Não queremos agravar a situação na região - ele afirmou.
Larijani acrescentou que enviou à Agência Internacional de Energia Atómica uma carta em que se dispõe a "a elaborar, no espaço de três semanas, as modalidades para resolver todas as questões pendentes".
A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu que até o dia 21 de fevereiro o Irã deve suspender seu programa nuclear, sob pena de ter as sanções econômicas e comerciais endurecidas.
O presidente iraniano criticou as sanções econômicas impostas ao país, afirmando que "o objetivo deles (países Ocidentais) é nos enganar, fazendo-nos promessas vagas e vazias para impedir que alcancemos o ciclo de combustível nuclear".
No sábado, a chanceler alemã Ângela Merkel disse que Teerã deveria demonstrar "transparência" em suas atividades nucleares ou "caminhar ainda mais para o isolamento".