Irã garante que não ficará parado diante de possíveis sanções

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Publicado Segunda, 30 de Outubro de 2006 às 09:21, por: CdB

Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad disse, nesta segunda-feira, que as sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o programa nuclear de Teerã causarão problemas para o país, mas prejudicarão outros também. O Irã poderá sofrer sanções por não interromper seus planos de enriquecimento de urânio, como exige o Conselho de Segurança da ONU. Os países do Ocidente dizem que o Irã está desenvolvendo tecnologia para construir bombas atômicas, mas a República Islâmica nega.

- (As Sanções) não irão impor maiores danos a nós. Elas com certeza criarão problemas, mas os problemas serão para os dois lados. Prejuízos afetarão outros também. Eles devem prestar atenção e não cair no engano de que algumas das potências, como a América, já se prepararam - acrescentou o porta-voz do governo Gholamhossein Elham.

Combustível barato

Ahmadinejad também ofereceu, publicamente, combustível nuclear "50% mais barato do que o preço mundial" e incentivou, nesta segunda-feira, os países com tecnologia nuclear a fechar suas fábricas para comprar o combustível do Irã. Em discurso em Pishva (província de Teerã), o presidente lançou duras críticas "às grandes potências", principalmente contra o Reino Unido, porque negam ao Irã "o direito à energia nuclear pacífica quando elas têm inclusive a bomba atômica", segundo a agência oficial "Irna".

O premiê iraniano foi interrompido em algumas ocasiões pela multidão que gritava "Morte à Inglaterra", especialmente quando criticou o Reino Unido por apresentar perante o Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução para sancionar o Irã. O governante ultraconservador afirmou que, enquanto o Irã conseguiu nos últimos 25 anos ser "cem vezes mais forte do que antes", a Inglaterra "é cem vezes mais fraca do que era no passado".

Segundo Ahmadinejad, o povo do Irã "não deseja as tensões, mas responderá com força a qualquer tentativa limitadora", ações que, segundo ele, não conseguiram evitar que o país tenha acesso às conquistas nucleares.

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