O acerto foi feito em Riad pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e pelo rei Abdullah, da Arábia Saudita. Nenhum detalhe do acordo de cooperação, no entanto, foi divulgado.
- Os dois líderes afirmaram que o maior perigo ameaçando a nação muçulmana no presente é a tentativa de espalhar o conflito entre muçulmanos sunitas e xiitas e que esforços devem ser feitos para parar com tais tentativas - informou a agência de notícias oficial da Arábia Saudita.
Ao retornar para Teerã, Ahmadinejad disse que os dois países atuarão juntos contra "complôs inimigos" para dividir o mundo muçulmano.
Palestinos
O encontro entre os dois líderes foi realizado em meio à divisão sectária e à tensão entre iranianos e sauditas em relação ao Iraque e Líbano.
A Arábia Saudita é a maior potência sunita da região, enquanto o Irã tem um forte poder xiita.
Já em Teerã, o presidente iraniano disse: "Nós discutimos amplamente questões palestinas e do Iraque. Temos uma visão comum sobre isso".
De acordo com a agência de notícias AFP, Ahmadinejad contou ainda que "complôs armados por inimigos com o objetivo de dividir o mundo islâmico foram discutidos" e que as autoridades sauditas também os condenaram.
- Irã e Arábia Saudita se opõem ao domínio de inimigos na região e de suas conspirações. Durante esta viagem, nós tentamos elaborar algumas medidas para prevenir que inimigos prejudiquem o mundo muçulmano - falou o iraniano.
A viagem de Ahmadinejad ocorre no mesmo momento em que os países ocidentais pressionam o Irã sobre o seu programa de enriquecimento de urânio.
Os Estados Unidos também acusam o país de fornecer armas para milícias xiitas no Iraque.