Infraero diz que torres de controle serão reforçadas

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Publicado Quinta, 26 de Outubro de 2006 às 17:13, por: CdB

O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, disse, nesta quinta-feira, após reunião com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para tratar dos congestionamentos nos aeroportos do país nos últimos dias, especialmente os de Brasília e São Paulo, que a retirada de operação de oito controladores de vôo - todos nos setores aéreos próximos a Brasília - depois do acidente com o avião da Gol pode estar contribuindo com os atrasos de pousos e decolagens.

- Depois do acidente com o vôo 1907, a Aeronáutica retirou oito controladores, e perder oito controladores, sem dúvida nenhuma, faz falta -, disse. Ele explicou que pela norma mundial de segurança, qualquer controlador que se envolva em um acidente aéreo, por qualquer razão ou a origem, é retirado de operação e submetido a uma análise técnica.

Segundo o presidente da Infraero, além da retirada dos oito operadores, o grande número de vôos nas proximidades de Brasília em direção a São Paulo e Curitiba, neste período, também contribuíram para o "forte congestionamento" nos aeroportos brasileiros.

Pelas normas de segurança internacionais, cada controlador de vôo é responsável por controlar até 14 aeronaves.

- Nos últimos dias, no espaço aéreo próximo a Brasília, ouve um número muito maior de vôos, em especial dos pequenos. Aí, o controle de fluxo começou a segurar os vôos, o que retardou a decolagem e o pouso das aeronaves. Foi preciso bloqueá-los para cumprir a norma de segurança -, explicou.

Para evitar futuros congestionamentos no tráfego aéreo e nos próprios aeroportos, o presidente da Infraero informou que a Aeronáutica e a Agência Nacional de Aviação (Anac) devem reforçar as torres de controle do setor aéreo próximo da capital federal com controladores de outras regiões do país.

- A chegada desses controladores sem dúvida nenhuma vai contribuir para o melhor fluxo dos aviões -, disse.

Ao ser indagado sobre as condições do espaço aéreo do país, José Carlos Pereira disse que "apesar de todos os problemas, o nosso espaço aéreo ainda está bastante folgado se comparado com o de outros países. No entanto, precisamos fazer mais investimentos para torná-lo melhor, afinal, o Brasil tem a segunda frota de jatos particulares do mundo depois dos Estados Unidos, e São Paulo, a segunda frota de helicópteros do mundo depois de Nova York".

Além do presidente da Infraero, participaram da reunião os ministro da Defesa, Waldir Pires; o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, e o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi.

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