O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de parâmetro para a inflação oficial, deverá encerrar 2007 em 3,87%, segundo projeção média dos analistas de mercado e de instituições financeiras, ouvidos em pesquisa do Banco Central. O resultado da pesquisa, divulgado no Boletim Focus desta segunda-feira, repete a projeção de inflação da pesquisa anterior, depois de seis semanas de quedas seguidas. Para este mês, inclusive há sinalização de leve alta do IPCA (de 0,28% para 0,29% na comparação semanal), com projeção de manter-se no mesmo patamarem abril.
Os especialistas consultados aumentaram a expectativa do IPCA para os próximos 12 meses de 3,77%, na pesquisa anterior, para 3,79%. Continua, portanto, bem abaixo do centro da meta de 4,5% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A projeção de reajuste para os preços administrados por contrato ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, educação, transporte público e outros) também permanece estável em 3,80% neste ano, com possibilidade de 4% no ano que vem.
O único indicador de inflação no varejo em queda detectado na pesquisa desta semana é o Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) da Universidade de São Paulo, que cedeu de 3,88% para 3,87%. O IPC-Fipe mede o comportamento de preços apenas na capital paulista. Os dois indicadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para preços no atacado apontam para inflação em alta. A projeção do Índice Geralde Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou de 4,01% para 4,05%,comparado à pesquisa anterior, e o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) subiu de 4,08% para 4,11%.