IGP-10 sobe e aponta para a maior inflação deste ano

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Publicado Terça, 21 de Novembro de 2006 às 08:58, por: CdB

O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) avançou 1,02% em novembro. Além de ficar 0,81 ponto percentual acima do resultado de outubro (0,21%), a taxa é a mais alta registrada neste ano. O IGP-10  mede a evolução de preços entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual e funciona como uma prévia da inflação mensal. De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela apuração do índice, houve alta nos preços ao consumidor, no atacado e nos custos da construção civil - as três categorias são consideradas na formação do IGP-10.

A maior aceleração foi observada no Índice de Preços por Atacado (IPA), que passou de 0,26% em outubro para 1,45% em novembro. A alta foi puxada pelo avanço dos preços das matérias-primas brutas (de 2,15% para 5,52%), principalmente, as agropecuárias, cuja taxa passou de 2,54% para 6,14%. Entre os produtos com maior variação de preço no atacado, estão soja, milho e arroz.

No caso do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), a taxa ficou em 0,20%, o dobro da registrada em outubro (0,10%). O maior impacto para a aceleração do IPC, veio dos alimentos, que passaram de uma deflação de 0,36% para alta de 0,63% em novembro. As variações mais significativas foram observados nos preços de aves e ovos (de 3,61% para 5,74%) e frutas, cujos preços ainda estão em queda, mas em ritmo bem menor do que no mês anterior (variação de - 8,42% para -2,14%).

Em relação às outras classes de despesas ao consumidor, houve aumento nos preços de vestuário (de 1,05% para 1,08%), enquanto ficaram menores as taxas dos gastos com habitação, transporte, educação e despesas diversas. A maior baixa foi observada no item habitação (de 0,25% para -0,01%), como conseqüência da redução nas tarifas de energia elétrica.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de 0,14% em outubro para 0,23% em novembro. Dos três grupos componentes do índice, houve acréscimo somente no de materiais (de 0,18% para 0,43%) enquanto serviços e mão-de-obra tiveram redução em suas taxas (de 0,33% para 0,23% e de 0,07 para 0,04%, respectivamente).

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