O governo de Hong Kong vai limitar o número de mulheres grávidas que chegam da China continental para dar à luz na ilha. As autoridades passarão a exigir que as grávidas provenientes da China continental tenham antecipadamente agendado estadia em algum hospital local.
Aquelas com mais de sete meses de gravidez e que não tiverem consulta marcada terão a entrada recusada pelas autoridades de imigração. Hong Kong afirma que seu sistema de saúde está sobrecarregado com o número de grávidas que vêm da China continental.
As mulheres são atraídas pela possibilidade de que seus filhos tenham direito de residência em Hong Kong, o que lhes abre as portas do atendimento de saúde pública e educação da ilha. Ter os filhos em Hong Kong também permite às mulheres chinesas driblar a política de um único filho imposta pelo governo chinês para conter o avanço populacional.
Em 2006, cerca de 12 mil mulheres chegaram da China para dar a luz em Hong Kong. Para conter a tendência, os hospitais da ilha estabeleceram uma cota máxima para a entrada de futuras mães vindas do continente, e um sistema centralizado de agendamento de consultas.
As mães que cruzam a fronteira terão ainda que pagar taxas hospitalares equivalentes ao dobro do que pagam as que vivem em Hong Kong. Apenas o pagamento adiantado garante o certificado de confirmação que permitirá a volta a Hong Kong.
As mulheres que já tiverem ultrapassado a 28ª semana e não tiverem o certificado também terão a entrada recusada. As novas medidas não serão aplicadas a mulheres grávidas de outras nacionalidades.
Hong Kong limita a entrada de chinesas grávidas
Arquivado em: Arquivo-CdB
Publicado quarta-feira, 31 de janeiro de 2007 as 19:19, por: cdb