A rainha Beatriz da Holanda inaugurou o "Ano Rembrandt van Rijn" nos Países Baixos, já que em 2006 completam 400 anos do nascimento do pintor.
A abertura do ano comemorativo aconteceu na cidade natal de Rembrandt, Leiden, onde a rainha abriu a primeira das exposições organizadas para lembrar o quarto centenário do pintor.
A exposição ("A Mãe de Rembrandt", mito e realidade) está no museu municipal "De Lakenhal" e questiona se a figura da mulher de cara enrugada que aparece nos quadros de Rembrandt, que também pintou seu pai e seus irmãos, era realmente sua mãe.
Este mito foi mantido por muitos estudiosos do artista, mas, como lembrou hoje um dos autores do catálogo da exposição, Christiaan Vogelaar, isso "nunca foi provado".
Mesmo depois de visitar a exposição, só será possível afirmar que é "muito provável" que a mulher, uma das modelos mais conhecidas da história da pintura, seja Neeltgen van Zuytbrouck, mãe de Rembrandt, disse Vogelaar.
O "Ano Rembrandt" será comemorado em 2006 com 24 exposições, que acontecem em Leiden, Amsterdã e Haia.
As mostras apresentarão as obras mais conhecidas e também as menos famosas de Rembrandt: sua faceta de paisagista, retratista, desenhista, autor de águas-fortes e mestre da pintura para uma infinidade de discípulos, cuja qualidade das obras pôs em xeque mais de uma vez a autenticidade de alguns quadros atribuídos ao pintor holandês.
Exposições também relacionarão as obras de Rembrandt com as de Caravaggio e Picasso.
Mas o "Ano Rembrandt" não se limita à produção artística do pintor, já que também serão organizadas visitas guiadas às cidades de Leiden e Amsterdã, onde poderão ser vistos edifícios que tiveram um papel importante em sua vida, o entorno no qual o artista viveu e cresceu e paisagens que o inspiraram.
Além disso, de julho de 2006 a fevereiro de 2007 ficará em cartaz um musical sobre a vida do artista, uma homenagem ao mestre da luz.