Um grupo norte-americano de defesa dos consumidores defendeu na segunda-feira que as autoridades dos Estados Unidos tirem do mercado os antiinflamatórios Celebra e Bextra, da Pfizer, por causa de seus riscos.
Numa petição formal ao FDA, órgão que regulamenta os medicamentos nos EUA, o grupo Public Citizen afirma que o potencial das drogas de provocar enfartes e derrames pesa mais que qualquer eventual benefício.
A Merck recolheu seu antiinflamatório Vioxx no mundo todo em setembro, depois de um estudo mostrar que seu uso contínuo dobrava o risco de enfarte e derrame. No mês passado, os Institutos Nacionais de Saúde interromperam dois estudos envolvendo o Celebra e o naproxeno, que é vendido como genérico e também com o nome de Flanax, da Roche.
A Pfizer manteve o Celebra no mercado, mas concordou em suspender as propagandas ao consumidor. Também pôs um alerta na embalagem do Bextra sobre o maior risco para pacientes que acabaram de sofrer cirurgia de ponte de safena.
Segundo a carta assinada por Sydney Wolfe, o Celebra e o Bextra "apresentam um risco excepcional, sem benefícios excepcionais". Autoridades do FDA não foram encontradas imediatamente para comentar o assunto. O grupo também pediu a rejeição de duas novas drogas semelhantes, o Prexige, da Novartis, e o Arcoxia, já disponível no Brasil, da Merck.