Greve na Caixa e BB sem data para acabar

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Publicado Terça, 14 de Outubro de 2003 às 07:27, por: CdB

O Banco do Brasil apresentou uma oferta de reajuste salarial de última hora que agradou, inicialmente, à Confederação Nacional dos Bancários (CNB), mas não evitou a greve de seus empregados, que começou nesta terça-feira, por tempo indeterminado. Os funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) também decidiram paralisar o trabalho.

Em assembléia realizada na noite de segunda-feira, os funcionários do BB decidiram recusar a proposta do banco. O presidente da CNB, Vagner Freitas, disse reconhecer que o problema do arrocho salarial dura pelo menos oito anos e que vê uma atitude positiva "no governo", mas que as ações não são suficientes e que este é o momento de reivindicar.

Os sindicalistas e a direção do BB passaram o dia todo reunidos para discutir o assunto. Após idas e vindas, o BB propôs aumento de 12,6%, por reajuste direto ou pela inclusão de duas promoções dentro do plano de cargos. Além disso, todos os funcionários receberiam um abono de R$ 1.500.

Durante a tarde, Freitas disse que o banco fez importantes concessões, mas a proposta não era aceitável. Uma nova oferta foi feita no início da noite.

Freitas chegou a afirmar antes que a greve dependia da direção do BB. "Está nas mãos do Banco do Brasil e do senhor Cássio Casseb (presidente da instituição)."

Os funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) também decidiram na mesma assembléia recusar a proposta do banco e entrar em greve, contrariando a tendência, do início da noite de segunda, de recusarem a proposta. A Caixa ofereceu reajuste de 12,6% a todos os empregados.

O objetivo dos sindicalistas é diminuir as distâncias entre os benefícios trabalhistas dos bancos dos setores público e privado, representados pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), como participação nos lucros, auxílio-refeição e de cesta-alimentação.

O sindicalista divulgou uma comparação entre os reajustes feitos de julho de 1994 a agosto de 2002 pelas instituições financeiras. Os funcionários de bancos privados tiveram aumento de 126,67%, enquanto os do BB e da Caixa Econômica Federal receberam 54,79% e 45,84%, respectivamente, no mesmo período.

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