A fiscalização dos recursos pesqueiros, flora e fauna e degradação ambiental está suspensa no Rio Grande do Sul, em função da greve dos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), iniciada na última sexta-feira.
A paralisação é por tempo indeterminado e afeta todos os serviços de fiscalização. Neste fim de semana, pescadores de Rio Grande aproveitam a ausência da fiscalização para praticar a pesca irregular. Vários barcos foram localizados em alto mar, fazendo uma "varredura" no fundo do mar, com redes de arrasto, que recolhem peixes de todos os tamanhos.
Segundo o Ibama, esta prática é proibida pela Lei Ambiental, a menos de três milhas da costa. Os analistas ambientais estão mantendo apenas o atendimento às denúncias de fatos considerados graves e a elaboração de procedimentos, com prazos expedidos pelo Ministério Público e pelo Judiciário.
Os fiscais do Ibama realizam uma nova assembléia na quarta-feira ou quinta-feira. A categoria alega que o governo federal não cumpriu o acordo salarial que enquadrava todos os servidores nas tabelas do plano de carreira, levando em consideração o tempo de serviço. De acordo com a Associação dos Servidores do Ibama, o governo contemplou apenas os funcionários da ativa.
O presidente da Associação dos Servidores do Ibama, José Virué, disse que, atualmente, os funcionários com mais de 20 anos de serviço recebem os mesmos salários dos funcionários concursados recentemente. A categoria reinvindica que seja considerada o tempo de serviço e a titulação na composição da faixa salarial, beneficiando também inativos e pensionistas.