Governo retoma diálogo com o OP e apresenta atual situação financeira

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Publicado Sexta, 23 de Março de 2012 às 12:17, por: CdB

Governo retoma diálogo com o OP e apresenta atual situação financeira

23/03/2012 - 18:00

  

 Regina Rocha Pitta

Em reunião promovida na noite desta quinta-feira, dia 22 março, no Salão Vermelho, entre representantes do governo, Câmara Municipal, conselheiros do Orçamento Participativo e de outros conselhos municipais, o secretário Chefe de Gabinete, Alcídes Mamizuka, apresentou a situação financeira em que o Município se encontra, com uma dívida que chega a R$ 317 milhões. Também foram abordadas algumas propostas nas quais a prefeitura está trabalhando para ampliar a arrecadação e permitir que, a médio prazo, a Administração possa expandir sua capacidade de investimentos.

 

Por meio de planilhas, o diretor Financeiro da Secretaria de Finanças, Fábio Forte, mostrou os números que compõem o orçamento municipal para 2012 e dos últimos três anos, apontando os entraves financeiros que a Administração enfrenta para fazer os investimentos previstos e o porquê dessa situação.

 

Para exemplificar dificuldades que vêm sendo enfrentadas, Mamizuka citou o caso do Pronto-Socorro Metropolitano, que já tinha seu processo licitatório concluído e que precisou ser cancelado. Segundo o secretário, quando já estava para ser emitida a Ordem de Serviço, foi detectado que faltavam no projeto as partes hidráulica e elétrica.

 

“”Esse foi um erro absurdo, como se constrói um hospital sem água e luz?”” perguntou. E acrescentou que muitos outros projetos apresentam falhas e precisam ser cancelados e licitados novamente. “Ficamos algum tempo tentando consertar a situação para dar prosseguimento às obras, mas chega um momento em que optamos por zerar os erros e começar novamente”, reforçou o diretor de Projetos da Secretaria de Infraestrutura, Renato Barros, que também participou da apresentação dos números.
 

Mamizuka destacou outro entrave que vinha impedindo a conclusão de muitas obras: a falta ou o atraso no pagamento de fornecedores. “Diante desse quadro, a Administração trabalhou para honrar os compromissos com os fornecedores “e vem conseguindo””, disse o diretor Financeiro da Secretaria de Finanças, Fábio Forte.

“Ele garantiu que a Administração está pagando os fornecedores de 2012 por ordem cronológica. “Essa é uma noticia boa, estamos em dia e isso aumenta a confiança do mercado e dos fornecedores, que voltam a fazer negócios com a Prefeitura por preços competitivos,” salientou o diretor.

O governo também já decidiu que será preciso priorizar os investimentos e, para isso, cada pasta deverá apontar suas necessidades. “”A palavra principal é planejamento, execução orçamentária com ajustes, acompanhamento diário. A Secretaria de Finanças é somente a pagadora””, afirmou Forte.

 

Arrecadação

 

Mamizuka também apresentou ao COP e demais autoridades presentes uma série de ações a serem implantadas, com relação ao IPTU, ISSQN e execução fiscal, com o objetivo de aumentar a arrecadação do Município. ““Este é outro desafio, recuperar a arrecadação. Temos a perspectiva de aumentar bem mais do que está previsto no orçamento. Para que no ano que vem a gente possa realizar algumas obras discutindo dentro do Orçamento Participativo””, colocou. De acordo com o secretário, a expectativa é de que no ano que vem a Administração terá maior capacidade de investimentos.

 

Fortalecimento do OP

 

Durante a reunião, o chefe de Gabinete deixou clara a opção pelo fortalecimento do Conselho do Orçamento Participativo como a instância que levará aos demais representantes e, portanto, a todas as regiões da cidade, as informações da Administração. O órgão também atuará no sentido inverso, apresentando ao governo as demandas, sugestões e questionamentos da população.

“Começamos, agora, a retomar a conversação, de forma mais intensa, com o Conselho do Orçamento Participativo (COP). “O governo atual acredita no OP e nós pedimos que a participação dos conselheiros seja objetiva e determinada nos próximos meses. Queremos que o OP volte aos velhos tempos e que nos ajude a governar a cidade””, afirmou Mamizuka, acrescentando que a intenção é promover assembleias em todas as regiões da cidade.


Ao final, vários conselheiros e cidadãos aproveitaram a oportunidade e apresentaram demandas e indagaram sobre a situação de obras nas suas respectivas regiões. Secretários e representantes de secretarias presentes responderam as questões e se colocaram à disposição para outros esclarecimentos.

 

Já outros participantes manifestaram sua satisfação com a decisão do governo em retomar as convocações de reuniões do COP, como o conselheiro Maurício, do Distrito Nova Aparecida, que se faz parte do OP por quatro anos e elogiou a atuação do Conselho. “”Para mim participar do
OP foi como uma faculdade. Quero parabenizar essa atitude (do governo) em voltar a discutir essa questão do OP, que eu acho que foi o bem adquirido mais importante conquistado pela população””.

 

Colaborou Monica Monteiro

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Edição digital

 

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