Governo pode prorrogar dívida de Fortaleza com Petrobras

Arquivado em:
Publicado Terça, 11 de Janeiro de 2005 às 17:10, por: CdB

O governo federal prometeu à prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), analisar a possibilidade de adiar o pagamento de 2 milhões de reais da dívida da capital cearense com a Petrobras .

A sinalização do governo ocorre após a prefeitura de São Paulo ter atrasado o pagamento de duas parcelas de sua dívida com a União sem sofrer os bloqueios determinados por lei, beneficiando primeiro a prefeita Marta Suplicy (PT) e depois o novo prefeito, José Serra (PSDB).

"Se São Paulo ganhou, nós também temos que ganhar. Como o governo federal é do PT, ele tem responsabilidade política em relação às prefeituras do PT", afirmou Luizianne a jornalistas no Palácio do Planalto.

Ela encontrou-se com os ministros Antonio Palocci (Fazenda), José Dirceu (Casa Civil) e Aldo Rebelo (Coordenação Política). Luizianne discutiu também a antecipação da liberação de verbas previstas no Orçamento da União para a construção de casas populares, hospitais e centros de recreação.

"Tem que haver um pacto de governabilidade entre os governos federal, estadual e municipal... Se o governo Lula abre a porta para esse debate, é para ele ser feito agora. O que não dá é continuar num monólogo", defendeu a prefeita.

A dívida total de Fortaleza, segundo Luizianne, é de 342 milhões de reais.

O prefeito de Aracaju, o também petista Marcelo Déda, fez coro para as críticas sobre tratamento diferenciado apenas para São Paulo, mas ponderou que debates em torno da dívida pública devem ser feitos com calma.

"A discussão da dívida tem que ser conduzidas com muita cautela. O que não pode é haver tratamento diferenciado. Essa discussão tem que ser feita sabendo que ela tem reflexo na estabilidade econômica do país", afirmou Déda, que também esteve com Dirceu e Palocci.

"Eu não defendo que a LRF seja um livro sagrado que não se pode discutir. Mas essa é uma discussão que tem que caminhar sem sangria", disse o prefeito da capital sergipana.

Segundo ele o principal ponto problemático da lei é a regra sobre o pagamento da dívida com a União. A LRF prevê o repasse mensal de 13 por cento das receitas líquidas de Estados e municípios para o pagamento das dívidas com a União.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo