GOVERNO ITALIANO PROPÕE MUDANÇAS EM MANOBRA ECONÔMICA

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Publicado Terça, 06 de Setembro de 2011 às 07:42, por: CdB

ROMA, 6 SET (ANSA) - O governo italiano submeterá o plano de manobra econômica para contornar a crise no país ao voto de confiança do Parlamento com algumas alterações com relação ao último projeto, aprovado em 12 de agosto.
   
Entre as mudanças está o aumento do Imposto Sobre Valor Agregado (IVA) de 20% para 21%, com o objetivo de melhorar o saldo do balanço público, a taxação em 3% das fortunas acima de 500 mil euros (R$1,1 milhão) até que se equilibre as contas do governo.
   
O governo também pretende passar entre os deputados o que classificou como uma "adequação" das pensões das mulheres no setor privado a partir de 2014.
   
Algumas modificações acarretam em mudanças na Constituição e serão aprovadas na próxima quinta-feira. Entre essas mudanças está a introdução da "regra de ouro" sobre o equilíbrio orçamentário e a extinção de províncias para reduzir gastos.
   
O voto final sobre o projeto de manobra econômica será dado pelo Senado amanhã, segundo decisão dos ministros italianos, que receberam o pedido para acelerar a aprovação do plano.
   
No mesmo dia em que o governo propõe uma moção de confiança às mudanças no plano de austeridade, várias cidades italianas estão paralisadas com uma greve geral convocada pela maior central sindical da Itália, a Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL na sigla em italiano).
   
A paralisação ocorre em cidades como Roma, Milão e Florença, e já afetou os transportes, os hospitais. A CGIL afirma ter uma proposta melhor de corte de gastos para equilibrar o orçamento italiano, que hoje acumula um déficit de 120% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
   
O aumento de impostos e a redução de gastos, que incluem inclusive a extinção de províncias administrativas, foram recomendados pelos países europeus e pelo Banco Central Europeu (BCE), que condicionou a compra de títulos da dívida italiana ao cumprimento das normas.
   
No entanto, apesar dos planos já aprovados, os juros da dívida italiana voltaram a crescer e ontem registram alta de 5,54%. (ANSA)


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